Por Eugênio Marinho, empresário de Serra Talhada
Segundo pesquisa realizada pela CNI com o intuito de mensurar como anda a confiança dos brasileiros, uns nos outros, apenas 6% confiam muito nas outras pessoas, enquanto que para 82% dos entrevistados, a maioria só quer mesmo é tirar vantagem, se dá bem. A justificativa para a baixa confiança está na impressão de que as pessoas agem de maneira errada.
O que pode funcionar bem num país diante de um cenário deste? Como mudar esta realidade? A confiança quebrada precisa ser exemplarmente punida. Você não vai mais a um médico no qual você perdeu a confiança. Você não continua cliente de um fornecedor que lhe enganou. Você não deseja trabalhar numa empresa que não observa os seus direitos. Uma empresa não quer um colaborador que não tenha compromisso com ela.
Por que, políticos, reconhecidamente corruptos, continuam sendo eleitos? Dizemos que no Brasil a justiça é ineficiente, que a impunidade reina, mas não há maior impunidade do que aquela promovida pelo voto em quem dá sinais de riquezas com recursos que deveriam está na merenda escolar, nos postos de saúde, na qualidade das casas populares, na segurança, na nossa infraestrutura.
Se seus pais lhe criaram, eles não são iguais aos pais que abandonam seus filhos. Se seus professores lhe ensinaram a ler e escrever, seus professores não são iguais aos que não têm compromisso. Se você já foi bem atendido por um médico, não é justo falar mal de todos. Enfim, em tudo na vida, achar que todos são iguais é algo que só beneficia os piores. Não deixe que aqueles que têm o hábito de serem diferente longe dos seus olhos, fechem seus olhos, para que assim todos pareçam iguais a eles. Pense nisso, não seja escolhido, escolha.