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Fotos: Farol de Notícias / Manu Silva

Arroz vermelho, baião de dois, sarapatel, mungunzá, frango frito, caldo de mocotó e uma grande pitada de amor. Essa é a receita de sucesso de Nicinha e Walter, o casal de cozinheiros que vendem comidas típicas no Mercado Público de Serra Talhada, com direito a uma clientela fiel que chega às 6h da manhã para degustar os pratos. O tempero especial vem dando certo já há 28 anos e foi o suficiente para criar dois filhos, garantindo também o descanso merecido nos finais de semana na chácara da família.

O FAROL foi conhecer um dos boxes mais famosos da praça de alimentação do mercado e descobriu que além de trabalhadores esforçados, que começam sua jornada às 3h da manhã; a família de Maria Eunice Ferreira, de 60 anos, natural de Triunfo e José Pereira da Silva, de 54 anos, natural da Paraíba; é fã do Programa Farol de Notícias e não perde um sábado. Em conversa com o casal, que em 1979 escolheu Serra Talhada como lar, conhecemos uma história de amor pela comida tradicional, que vende cerca de 50 pratos por dia.

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Nicinha e Walter usam o amor da família como ingrediente principal, trabalham com uma afilhada e a filha mais velha, Carla

“Naquele tempo a gente trabalhava de empregado e tinha vontade de trabalhar como autônimo, eu tinha muito sonho de trabalhar na área gastronômica. Optei por esse ponto e me deu sorte, aos poucos fui aumentando e hoje tenho quatro boxes. Aqui antes era meio desorganizado, só tarimba, tudo descascado e eu fui ajeitando, fiz a drenagem do esgoto, botei cerâmica, Deus foi ajudando e a clientela foi chegando Sou pai de Clebinho, que chamam de ‘Pantera’ e de Carla que trabalha comigo. A dificuldade hoje na política a gente vê, mas a gente precisa acreditar”, relatou com esperança seu Walter.

Com o sorriso no rosto, dona Nicinha relembrou o começo difícil e a labuta diária. “Levantamos às 3h, trabalha o dia todinho e vamos para casa às 16h. Chegamos e trabalhamos até às 19h30, catando feijão, cortando carne e adiantando as coisas para o outro dia. Moro no Ipsep e trazemos uma parte de coisa pronta e já tem gente esperando aqui. Eu mesmo que faço mais o meu esposo, eu acho que nós dois cozinhamos combinando. A gente se conheceu na Mafel e eu me apaixonei por ele, ele se apaixonou por mim. No início aqui foi muito difícil, você trabalhar, criar filho, ser dona de casa. Toda a vida é difícil, mas naquela época é pior, mas agora está melhor”, afirmou.

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