Por Paulo César Gomes, professor e escritor serra-talhadense

lula-e-dilmaA eleição para governador e senador em Pernambuco promete ser uma das mais disputadas do país. Um dos fatores que irá esquenta a disputa será a nacionalização do debate, que entre outras coisas, colocará em lados opostos antigos aliados. Se de um lado estará Armando Monteiro, João Paulo, Humberto Costa e Dilma, do outro teremos Eduardo Campos, Marina Silva, Paulo Câmara e Fernando Bezerra Coelho. Dois palanques fortes, e que há bem pouco tempo era um só.

Essa divisão tem algumas explicações. A primeira é o desejo sem limites de Eduardo Campos em ser candidato a presidente, o que também pode ser aplicado a Armado Monteiro com relação ao governo do estado. Outra questão é necessidade de se patenteia autoria do processo de retomado do desenvolvimento econômico de Pernambuco. No final, o aval será dado pelo eleitor de forma consciente ou inconsciente.

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No entanto, a terceira merece uma analise mais profundam que ao longo das décadas será feita com mais subsídios, que é a defesa do “lulismo”. Está claro que o discurso de Armado Monteiro será o de mostrar que o governo Lula/Dilma – e com a participação do petebista – foram os responsáveis diretos por esse novo momento vivido pelo Leão do Norte, ao mesmo tempo que Paulo Câmara irá dizer que foi Eduardo Campos com ajuda de Lula que fez a retomada do desenvolvimento.

Fica nítido que Lula será uma das figuras principais da eleição em Pernambuco e terá sua imagem explorada ao máximo, mesmo não sendo candidato a nada – pelo menos até o momento –, visto que estará no centro do debate, o que inclui, entre outras coisas, a sua última obra como Presidente da República, a eleição de Dilma Roussef.

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Sendo assim, é possível dizer que Armando poderá levar alguma vantagem sobre o candidato de Eduardo, já que irá defender o legado de Lula por completo. Enquanto Paulo Câmara não poderá fazer o mesmo com Eduardo Campos, pois em algum momento da campanha terá que relacionar a gestão socialista a parcerias e iniciativas feitas pelo ex-presidente. O que irá indiretamente beneficiar os seus opositores.

Um forte abraço a todos e a todas e até a próxima!