Por Eugênio Marinho, empresário de Serra Talhada

mudançaFilhos, adoram que seus pais lhes contem histórias. Imagine que seu filho lhe pedisse para contar a história da qualidade da saúde, da educação, da segurança e da infraestrutura pública no Brasil.

“Painho, mainha, na escola a professora falou da péssima qualidade destes serviços públicos no Brasil, conte a história deles nos últimos vinte anos. Por que são tão ruins? Por que há outros países, até mais pobres que o Brasil, onde eles são bem melhores?” E aí, qual história que você contaria a ele?

Se você for pessimista ou omisso com o Brasil irá contar uma história para ele pondo a culpa na política e dizendo que as coisas são assim mesmo, nunca mudarão.

Se você for fanático pelo PSDB irá contar uma história para ele colocando a culpa na esquerda,  que ela, por ter feito uma oposição acirrada nos oito anos em que o partido esteve no poder não foi possível nem se quer mudar o rumo destes serviços. Mas, se o povo der mais quatro anos ao PSDB, aí sim, tudo vai mudar.

Se você for fanático pelo PT irá contar uma história para ele colocando a culpa na direita, nas elites e na mídia, que elas, por terem raiva dos pobres, impediram durante os doze anos em que o partido esteve no poder, os avanços, e que por isto não foi possível nem se quer mudar o rumo destes serviços. Mas, se o povo der mais quatro anos, aí sim, tudo vai mudar.

Se você for fanático pelo Brasil, irá contar uma história verídica para ele, didaticamente possível de ser enriquecida por fotografias, vídeos, reportagens, fatos, mostrando que durante os vinte anos que estes partidos estiveram no poder houve muito escândalos envolvendo desvio de dinheiro público, e que muita gente, de direita e de esquerda, impunemente, ficaram ricas com ele e que certamente se estes recursos tivessem sido bem empregados poderiam pelo menos ter mudado o rumo destes serviços.

Se ele lhe perguntar, se quem não conseguiu em oito anos ou doze anos, conseguirá fazer em quatro anos, a mudança do rumo destes serviços, ou, porque você não muda seu voto, não pense em você na hora de responder, pense nele, para que ele não tenha que contar estas mesmas histórias, que contam nossa história há vinte anos, aos seus netos.

“As pessoas têm medo das mudanças. Eu tenho medo que as coisas nunca mudem”.