O inocente e a inocência

Ainda quando criança, aprendemos que ser inocente é ser ingênuo, é o mesmo que não saber o que é certo ou errado, esse período é conhecido como a fase da inocência. (In)felizmente o ser humano evolui e deixa para traz a inocência, passar a ser um ser   evoluído, apesar das limitações, sejam culturais, sociais ou políticas.

Na política o processo não acompanha a evolução das espécies difundida por Charles Darwin, principalmente em se tratando das regiões com maior número de analfabetos, mas infelizmente no sertão ainda continuam reinado, e de forma absoluta. Nessa região sofrida ainda impera o último dos descendentes da filosofia da ditadura militar, na maioria do país eles foram derrotados, mas em algumas regiões como o Nordeste, eles continuam reinando.

Esse tipo de elemento é protagonista da política nacional, e  mesmo que a fase da inocência política tenha passado, ele ainda se reivindica da inocência. É como se na política não houvesse a evolução. Todos são inocentes até o votos comprados provem contrário!

Será que o político não evolui? Será que o poder não  seduz? Até quando a inocência prevalecerá? São perguntas que surgem sem resposta, mas que nos deixam de “orelha em pé”. Como pode um político tão inocente  possuir um patrimônio invejável? Será fruto da inocência? Ou será que o mesmo é inocente?

O certo é que nós, meros humanos, mesmo que a fase da inocência tenha passado, não somos capazes de construir tão patrimônio, privilégio exclusivo do nosso dignifico representante político. É importante ressaltar que patrimônio com esse quilate não seria conseguido por inocente em décadas de trabalho. Porém alguém como muito inocência consegue! Mesmo que o povo mais simples sofra com o “analfabetismos”, com a exclusão social, e ele continua inocente! Acima do bem e do mal!

Um dia quem sabe a política irá evoluir, assim como as espécies, não para criar elementos oportunistas, mas para estimular o surgimento de homens e mulheres de bem. Pessoas que possam ocupar o poder não para se beneficiar do poder, mas para provar que a política pode sim evoluir, na direção de construir uma sociedade democrática e participativa, onde os interesses pessoais e econômicos são deixados de lado, e o que importará será o coletivo.

Nada mais justo do que sonharmos com a evolução, marca única da nossa espécie, mesmo que alguns não queiram, ou fazem de conta que não evoluíram. A evolução é necessária, isso quer dizer que todos os grandes impérios caíram, e não adiantará o argumento que de todos, ou simples alguns são inocente, porque a Nova História é implacável, não aceita esse tipo de herói, na Nova História o vencedor é o humilde, mesmo que inocente, porem verdadeiro, e não aquele que usa da inocência para ser herói, ou procura divulgar que é e sempre será  inocente e acima de tudo e todos!

Paulo César é especialista em História Geral e bacharelando em Direito