Por Luciano Menezes, Historiador

biometriaÉ impressionante a rapidez e a eficiência desse sistema. Numa conjuntura pública onde nada funciona, a biometria consegue chegar a cidades mais remotas, locais onde o Poder Público geralmente “vira às costas.” Desse modo, sempre alguns panegiristas do voto afirmam que não se pode abnegar o “direito” de votar. Esse é o discurso propagado.

Na realidade o direito de votar tá mais configurado como o direito ao nada, numa eterna ilusão de que se pode escolher algo num modelo político que já surge pronto e acabado. Desse modo, às coisas caminham a passos lentos, exceto à biometria.

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Em meio a isso, ainda se percebem as frases do consumo do vazio, num estável direito à parvoíce: “Se você não vota não é um cidadão e não pode cobrar nada”, “Ainda não estamos maduros e preparados para o voto facultativo,” “vote e exerça sua cidadania.”

Quantas frases circunscritas para tentar conduzir o povo ao voto, quando hoje, a “renúncia” e o desprezo estão em ascensão, mesmo diante das ameaças da proibição de participar de concursos, de se matricular em universidades e etc. Muitos preferem pagar a bagatela de poucos reais pela abstinência do votado, do que se prestar ao desprezível ato de perder um domingo em filas intermináveis.

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