*Paulo César é professor especialista em História Geral

Já se passaram os dois meses de campanha eleitoral e partir de agora entraremos na reta final de uma disputa extremamente acirrada, mas que pelo resultado da última pesquisa divulgada no mês passado pelo blog do jornalista Magno Martins* é possível apontar o candidato Luciano Duque do PT como favorito, já que ele subiu 8% em relação à pesquisa divulgada em julho pelo blog do radialista Nill Júnior **, enquanto Sebastião Oliveira (PR) subiu apenas 3%. É claro que qualquer prognóstico feito nessas condições é prematuro, porém, se essa tendência de crescimento de Luciano Duque for mantida, ele ficará a um passo de ser o futuro prefeito de Serra Talhada.

Mas para que isso aconteça será necessária à adoção de algumas iniciativas. Uma delas é manter a militância empolgada, ativa e atenta, ocupando todos os espaços possíveis e impossíveis, fazendo campanha dia e noite, bem como os candidatos a vereadores que deverão ir pra ruas defender as suas candidaturas e a do candidato a prefeito. Além disso, ele precisa reverter algumas adversidades apresentadas nas pesquisas, como por exemplo, na juventude.

Já Sebastião Oliveira terá que ir para o corpo a corpo com o eleitor, buscar caminhar mais e intensificar as visita à zona rural, pois, o eleitor gosta de conhecer o candidato e olhar nos seus olhos, ao invés de ser cumprimentado por “bonecos” ou ficar olhando “banners” e “dirigível”. O candidato republicano pode sim reverter o quadro, até por que ninguém ganha eleição de véspera, porém, é preciso que ele também divida a responsabilidade com os seus aliados, pois, com exceção do ex-prefeito Geni Pereira (PSB), que faz política na rua diariamente, Inocêncio Oliveira (PR) e Augusto César (PTB), há muito tempo não fazem corpo a corpo com os eleitores. É importante também que Sebastião busque ser mais simples e humilde, já que em alguns momentos ele esboça sinais de arrogância e prepotência. A humildade é um principio básico que deve ser praticado por qualquer político, até porque o eleitor é muitos casos se sente como sendo mais importante do que o candidato, o que se traduz na mais pura verdade.

Algumas outras coisas podem mudar o rumo da eleição, entre elas, a famosa campanha de denúncias, que podem muitas vezes funcionar, mas que ultimamente não andam dando resultado em praticamente todo o Brasil. Na verdade o eleitor em algumas situações prefere votar na vítima ao invés do algoz, por isso mesmo, quem imagina que uma eleição pode ser ganha apenas com o uso de denúncias. Deve lembrar-se de que existe o efeito “bumerangue”, que é aquele que ocorre quando se pratica uma ação com uma finalidade e que pelo uso de uma força desproporcional acaba retornado com mais violência ao ponto de origem.

* Registrada no TER/PE com o protocolo PE-00042/2012

** Registrada no TER/PE com o protocolo PE-00066/2012

 

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