leitorPor Ivanildo Salvador de Melo, de Serra Talhada

Chega o final de mais um ano! Um ano que para alguns deve ser esquecido, ou melhor, nem ter existido! Para outros, para ser comemorado, lembrado. E, para tantos, um ano como um outro qualquer. Na verdade, 2014 foi um ano sem muitas novidades, pois não ocorreu algo de muito impacto a nível mundial. Para nós, brasileiros, os fatos mais significantes ocorreram aqui mesmo. Trago alguns deles que, de uma forma ou de outra, todos nós lembramos e que marcaram o ano.

O ano em que o gigante chamado Brasil acordou, mas não se levantou. O ano em que ele merecia ser chamado de País padrão Fifa, mas como eu falei, ele apenas acordou; porém não teve a coragem de se levantar. O Brasil que nesse ano se viu afundado em um mar de petróleo! Isso sim, deveria ser um sinal de que, agora sim, seremos um país padrão Fifa, afinal, petróleo é sinônimo de ouro ; mas em nosso país, é lama!

O Brasil que é o país do futebol foi castigado por ter cometido 7 erros capitais contra a eficiente seleção da Alemanha. Porém, o castigo  mais merecido, foi ter a sua face desmascarada diante do fato do país ter humilhado todos os seus filhos, quando sempre falava que não tinha condições de oferecer a eles uma vida melhor, mais digna, contudo, com o que foi gasto com a Copa do Mundo demonstrou o contrário. De lá pra cá, tudo o que se passa nos porões imundos desse país está sendo exposto. Esse foi o maior legado da Copa do Mundo. Algo que político algum imaginava. Esse castigo, sim, bem merecido.

O ano em que as eleições eram a nossa chance de mudar a face do Brasil, ou pelo menos tentar, mas por falta de opções, tudo continuará como está. Pra revolta do pessoal lá das bandas do Sul que culpa o Nordeste por isso ter acontecido. Quem sabe o choro dele, com tantas lágrimas derramadas, isso não amenize a falta d’água daquela população. Brincadeira. Sei que apenas uma pequena minoria insignificante da população lá do Sul/Sudeste  discrimina o Nordeste.
E mais um ano se passou. O ano em que o Ebola assustou o mundo. Que vimos o terrorismo se intensificar nos países árabes. Os Estados Unidos, após décadas , reaproximarem-se de Cuba. E, como todo ano é lançada uma mania mundial, esse ano foi o tal do WathsApp! O ano que presenciamos a TV perder espaço para a internet.
E, como acontece a cada ano, várias personalidades nos deixaram. Como foi um ano de Copa do Mundo, o inconfundível grito de gol de Luciano do Vale se cansaria de gritar: -” gol da Alemanha contra o Brasil”. E, como eu falei, mesmo o país estando atolado em um mar de lama, alguém diria: – “Não vamos desistir do Brasil!”. Jamais desistiremos, Eduardo Campos.

Ah, se eu pudesse gritar essa frase com a voz que tinha o pequeno gênio, Nelson Ned. Ou, se pelo menos, eu pudesse prevê o futuro como a Mãe Dinah. Ou escrever algo real, mas com a sutileza peculiar,  só para fazer esse gigante acordar, como fazia Ariano Suassuna ou, talvez, algo mais com o realismo fantástico de Gabriel Garcia Marquez. Ou , quem sabe, eu deveria  dizer: Bye, Bye,  Brasil . José Wilker, que saudade! Mas, não.

O que eu queria mesmo era fazer esse Brasil sorrir, mesmo com tantas contradições, tantas injustiças. Trazer um pouco de alegria ao cotidiano duro, principalmente de milhões de crianças desse país e, já que esse Brasil acordou, mas não se levantou, que pelo menos as crianças esqueçam um pouco de tantas mazelas se divertido com Roberto Bolaños, o eterno Chaves. Isso, Issso, Isso, Isso. Feliz Ano Novo para todos .–