Da Folha de PE

Uma eventual candidatura do ex-ministro Joaquim Barbosa ao Planalto torna, para algumas siglas aliadas do governador Paulo Câmara, a presença na chapa majoritária no Estado ainda mais necessária. É o caso do PDT. Os pedetistas alimentavam a hipótese, ainda que remota, de o PSB apoiar a candidatura presidencial de Ciro Gomes.

Com a candidatura iminente do ex-ministro do STF à Presidência da República, os planos iniciais, nas hostes pedetistas, se diluem e a intenção de ter uma vaga na majoritária do governador Paulo Câmara aumenta, uma vez que o partido quer espaço para defender sua candidatura presidencial. Com seu projeto principal, que seria o apoio do PSB a Ciro, praticamente inviabilizado, o PDT defende como “acessório” o pleito de ter uma vaga para o Senado, ao menos, da qual não pretende abrir mão.

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A composição estaria hipotecada e pedetistas aguardam que “cumpra-se o combinado” sob a lógica da necessidade de se defender a postulação de Ciro, considerando, de quebra, as chances de um nome do PCdoB ter espaço para defender Manuela D’Ávila e do próprio governador já encabeçar o palanque do PSB. Seria um desenho de mais de um presidente sendo apoiado pela mesma chapa. Nas hostes pedetistas, já se aponta como uma subtração nos planos iniciais o fato de o PSB ter uma candidatura presidencial e os pedetistas não contam, hoje, com a possibilidade de perder espaço numa chapa majoritária também em Pernambuco.

Menu das esquerdas

Um almoço, ontem, na casa do presidente estadual do PDT, Wolney Queiroz, em Brasília, reuniu lideranças da oposição em torno de uma estratégia nacional para o campo das esquerdas.

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Entre os presentes, estavam os líderes, na Câmara Federal, do PCdoB e do PDT, Orlando Silva e André Figueiredo, respectivamente, além de representantes do PT e do PSB.

Consenso > A situação de Pernambuco foi à pauta. O entendimento era de que a questão do PT no Estado passaria pela candidatura de Paulo Câmara considerando uma estratégia maior das oposições. O grupo já vem sentando e conversando há algum tempo acerca de uma construção coletiva.

Digital > Ontem, à CBN, o deputado federal Silvio Costa se disse “indignado” com atitude de Paulo Câmara de ir visitar Lula em Curitiba. Tachou de “oportunismo” e grifou que o PSB votou a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

Recursos > Indagado sobre a utilização de recursos do PSB para viagem de Paulo Câmara a Curitiba, o deputado Bruno Araújo, que preside o PSDB-PE, observa: “Fundo partidário é dinheiro oriundo do tesouro nacional, é dinheiro público”.

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Procon 1 > Em reserva, um parlamentar da oposição sapecou: “O STJ tirou Geraldo Alckmin da Lava Jato, botou ele na Justiça Eleitoral. Daqui a pouco, vão botar no Procon, pequenas causas e ainda tem gente que diz que é teoria da conspiração”.

Procon 2 > A comparação feita pelo deputado se deu depois que a ministra do STJ, Nancy Andrighi, decidiu enviar a investigação relativa ao ex-governador Geraldo Alckmin para a Justiça Eleitoral de São Paulo. Ela atendeu requerimento do vice-procurador-geral, Luciano Maia, que passou por Pernambuco ontem, em evento no TRF5, onde avaliou que enviar à primeira instância não altera a celeridade do processo.