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Foto: Farol de Notícias / Alejandro García

“Naquele momento eu pensei: se eu não perdi minha filha no hospital, eu vou perder agora”. Esse é o relato emocionante de uma jovem de 25 anos, que pede para não ter a foto e nome revelados. Ela é dona de uma loja de celulares assaltada nesta nesta quarta-feira (22) e viu seu bebê de apenas oito meses com uma arma apontada para a cabeça por um dos bandidos (relembre). O assalto ocorreu no bairro São Cristóvão, na pequena loja que funciona na casa da família. Segundo a vítima, os assaltantes levaram cerca de R$ 1.000 em mercadorias. Em entrevista exclusiva ao FAROL, nesta quinta-feira (23), a mãe contou os detalhes da ação e disse que pediu forças para segurar a filha no colo, e no ato não conseguiu expressar reação, pois algo pior poderia ter acontecido.

“Meu marido e eu trabalhamos na loja e temos outra filha de 8 anos. Por volta das 12h eu estava aqui, ouvi minha filha chorar e fui colocá-la para dormir em baixo do pé de pau. De repente, senti dois homens chegarem a pé com capacete, não vi a moto. Um deles anunciou o assalto e colocou a arma na cabeça dela, eu baixei minha cabeça e encostei na da minha filha. Botaram para eu entrar junto, pegaram três celulares e a maquineta de cartão, que é o maior prejuízo, ainda estávamos pagando e tudo deve dar uns R$ 1.000 de prejuízo. Meu marido estava lá dentro de casa, vendo um vídeo com os fones, não ouviu nada. A sorte é que nem ele, nem o avô das meninas e minha filha mais velha estavam aqui, teria sido pior. Mas graças a Deus estava sozinha”, relatou.

A jovem mãe ainda deu detalhes dos assaltantes e enfatizou que a cidade precisa de mais segurança, mas sua família redobrará os cuidados. “Foi tudo muito rápido, nem 5 minutos. Quando eles saíram eu consegui ver que eram altos, 1,70 cm mais ou menos, negros e um deles estava de camisa preta, bermuda amarela com umas coisinhas pretas e uma tornozeleira colorida na perna. Pela voz de um deles acredito que deve ter uns 25 anos, o outro não sei dizer. Vi também que a arma era preta, e eles saíram calmamente andando, não vi moto em momento nenhum. Aí corri e chamei meu marido, entreguei minha filha para ele porque estava pedindo forças para segurar ela no colo, estava com medo de derrubar. Meu marido chamou a polícia e foi ver o que eles levaram”, disse a vítima.