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Fotos: Farol de Notícias / Alejandro García

ENTREVISTA COM PRESIDENTE MUNICIPAL DO PR ALLAN PEREIRA

Colaborou Manu Silva 

O presidente do Partido da República, Allan Pereira, visitou a redação do FAROL para uma conversa franca sobre os principais fatos que têm marcado os bastidores da política serra-talhadense, especialmente, aqueles relacionados às especulações de racha nas oposições, as pressões que o PR vem sofrendo para que defina logo o pré-candidato do grupo e a possibilidade do deputado Sebastião Oliveira disputar as próximas eleições. Vale a pena conferir!

FAROL: Seja bem-vindo ao Farol de Notícias, presidente Allan. Gostaríamos de começar com a sua avaliação das ações em 2015 do PR em favor de Serra Talhada, além da promoção do debate político-eleitoral.

ALLAN PEREIRA: Bom, é um prazer estar aqui novamente Giovanni. Eu gostaria de dizer que 2015 foi um ano de muitos desafios para o Partido da República em Serra Talhada, para o deputado licenciado Sebastião Oliveira. Um ano importante do ponto de vista de obras e do ponto de vista político também. Nas obras, tivemos aí o lançamento do edital da estrada de Bernardo Vieira, que sem dúvida nenhuma será uma das maiores obras em execução em Serra Talhada durante 24 meses, em 2016 e 2017.

Tivemos também três passagens molhadas no Mirador, na Estrema e enfim, inúmeras passagens molhadas em Serra Talhada, onde a gente pode dar dignidade às pessoas que moram na zona rural. Dando acesso à zona urbana, acesso à educação, acesso à saúde. Eram pessoas que ficavam isoladas em tempo de chuva e tivemos a questão hídrica aí também. Inauguramos abastecimentos d’água, alguns poços foram cavados, perfurados.

Do ponto de vista político nós avançamos muito quando a gente teve coragem de lançar o Tribuna 22 para ouvir a população de Serra Talhada, ouvir o que a população quer. Um projeto inovador que nenhum partido até agora teve coragem de fazer em Serra Talhada e nós estamos fazendo. Já fizemos três edições, vamos aí até a próxima eleição fazer inúmeras outras edições. Quero dizer também que do ponto de vista político, Fonseca foi a nossa grande aquisição do partido. Hoje é um dos melhores quadros, junto com o deputado Sebastião Oliveira para concorrer a qualquer cargo eletivo aqui no município em 2016.

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FAROL: Partindo então para o âmbito político, como você mesmo já puxou, estamos vendo que há uma tentativa dentro da própria oposição de pressionar o PR para que decida antes de março um nome para a majoritária. O PR quer anunciar o cabeça de chapa antes da decisão do governador ou vai respeitar a resposta de Paulo Câmara? Esse desgaste é mesmo necessário?

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ALLAN PEREIRA: De fato Giovanni Filho, o governador é muito importante nesse processo de indicação do nome do candidato de oposição, até porque, no gabinete dele em setembro de 2015 ele afirmou que daqueles 11 partidos que estavam lá no Palácio das Princesas, o candidato dele seria necessariamente saído daquele grupo. Então, eu acho importante que ele tenha voz e vez aqui. Quando Sebastião no momento oportuno levar para ele, junto com esses partidos a situação política de Serra Talhada. Outra questão importante que vejo aí para a definição é que a gente fala muito no prazo de março, às vezes as pessoas têm que ter a compreensão que março é uma data importante no calendário político de Serra Talhada e de todo o Brasil, porque março é o período que se finda as filiações.

As pessoas que querem concorrer à prefeitura ou a Câmara de Vereadores terão que estar até março filiadas e fazer essa movimentação de filiação até março. Outra questão importante é desincompatibilização, a gente sabe que o deputado Sebastião exerce um cargo de confiança no Governo do Estado e que não descartou também a possibilidade de ser candidato a prefeito de Serra Talhada. Então, ele tem até março para se desincompatibilizar da secretaria de Transportes para se quiser concorrer à prefeitura. E não só ele como também inúmeras pessoas que possam querer vir para o PR e só se desincompatibilizarem de seus cargos.

Nós temos aí a exemplo os vereadores que assumiram secretarias no governo Luciano, eles terão que sair das secretarias até março para poder retornar a Câmara de Vereadores, concorrer a um cargo. Então, eu tenho certeza que esse é um prazo ideal, porque nós de forma madura, consciente e consistente iremos escolher o melhor nome para concorrer na oposição de Serra Talhada. E quero dizer também que o PR preza muito pela união desses 11 partidos que já caminham. E a gente aguarda outros partidos com todo prazer para que a gente possa se unir e vencer as eleições em Serra Talhada.

FAROL: Então, o PR ainda aguarda que Sebastião decida se virá para a disputa municipal como candidato?

ALLAN PEREIRA: Exato! Temos até março para isso. Ele (Sebastião) é um importante quadro para o PR, deve ser ouvido e deve ter a preferência caso queira. Ele é deputado federal licenciado, concorreu às últimas eleições de 2012, é um quadro capacitado, juntamente com Fonseca, dentro do PR para concorrer.

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FAROL: Nesse caso, se houver o aval do governador há a possibilidade da chapa Sebastião e Fonseca se repetir em 2016 ou seria Sebastião e outro nome do grupo das oposições?

ALLAN PEREIRA: Nessa hipótese eu verifico que a gente tem que ter muita cautela, porque precisamos unir outros partidos, então precisamos ouvir outras siglas e outros nomes para fazer qualquer tipo de composição de chapa em Serra Talhada. Eu acredito que o diálogo está aberto e a gente vai fazer de tudo para que ele dê fluxo. Que essas pessoas participem de maneira representativa na nossa chapa e na chapa da oposição que será a vencedora em Serra Talhada.

FAROL: E uma chapa Sebastião Oliveira e Nena Magalhães…

ALLAN PEREIRA: Na minha opinião seria uma chapa excelente para compor qualquer tipo de chapa, seja como cabeça, seja como vice. É uma pessoa que tem história política em Serra Talhada, tem disposição, tem mostrado que tem vontade de ser prefeito e tem dito e firmado compromissos com a oposição que respeita pesquisa, está disposto a ajudar. Então, é um importante nome da oposição, juntamente com Israel, juntamente com o próprio Carlos Evandro e Socorro Brito e a gente tem que estar disposto a compor e conversar com essas pessoas.

FAROL: Em entrevista recente o próprio Nena deixou claro que ele é uma das pessoas que querem que o PR tome a decisão agora. Que “estratégia maracugina” o PR está programando para acalmar os ânimos de dr. Nena?

ALLAN PEREIRA: A gente escuta de tudo no processo democrático e partidário da oposição. Ao contrário do que alguns pensam e vem dizendo, a gente tem o diálogo como principal arma e a imposição não pode acontecer. Agora, o PR, eu acredito que vem sendo um grande protagonista. Digo isso não só como presidente de partido, mas porque o PR teve 18 mil votos nas últimas eleições, dados a Sebastião Oliveira. É um importante partido também nas eleições de 2012, porque polarizou de maneira muito firme a eleição com Luciano Duque, então eu acho que é um partido que tem que ser ouvido. Nós também, dentro dessa proposta de respeitarmos resultado de pesquisa e amadurecimento de nome, estamos falando nesse prazo.

Não vejo problema nenhum, é uma opinião de dr. Nena querer que esse nome seja lançado. Eu só faço, como presidente do PR, essas ponderações que precisamos ter maturidade e observar o cenário. Até março, por exemplo, o prefeito pode até mudar de partido. Eu não estou dizendo que ele vai mudar, mas é uma possibilidade, todo cidadão brasileiro pode e ele também pode. Então, nós temos que observar toda essa conjuntura para poder lançar um nome. Eu acho que é por aí.

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FAROL: Em relação a essas críticas que partem de membros da própria oposição… Alguns dizem que um racha está iminente por conta dessas contrariedades. Como o senhor encara isso?

ALLAN PEREIRA: Eu não sei de onde partiu essa afirmação, mas eu acredito que com a conversa que eu tive com vários deles, o compromisso é firmado de que o nome deve sair desse grupo e que todos devem apoiar. Eu vejo que se qualquer compromisso for quebrado, vai ser por acaso, se não for respeitado os números de pesquisa. Eu vejo que haverá uma quebra de acordo e a gente infelizmente lamenta demais, porque eu acredito que palavra dada deve ser cumprida. Se o número de pesquisa não for respeitado essa quebra de acordo vai ser uma infelicidade muito grande.

FAROL: Como o senhor encara as críticas dando conta de que o PR demonstrou fragilidade e fraqueza encomendando uma suposta pesquisa de opinião cogitando a união de Duque com Sebastião?

ALLAN PEREIRA: Eu vejo o seguinte: pesquisa é andar na rua para sentir o sentimento do povo são as melhores coisas que a gente pode fazer dentro da política. A suposta pesquisa que aferia esse questionamento eu não vejo nenhum problema, pesquisas são feitas para avaliar cenários e para avaliar situações e conjunturas políticas e sociais. Então, eu lamento que essa fala de Marquinhos Dantas tenha vindo no sentido de crítica, porque nós não estamos fazendo nada diferente do que ele mesmo prega que é escutar o povo. Nós estamos tentando escutar as pessoas para formar o nosso entendimento, o que é que Serra Talhada quer de melhor? Nós precisamos de pesquisa e precisamos andar na rua para saber isso. Então, eu vejo com naturalidade esse tipo de cenário aventado em qualquer tipo de pesquisa.

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