Por Alejandro García, repórter fotográfico do farol de Notícias

“Penso, logo existo”!

O que seria, então, “pensar”? Vemos no dicionário. “pensar”: verbo transitivo direto, transitivo indireto e intransitivo – submeter (algo) ao processo de raciocínio lógico; exercer a capacidade de julgamento, dedução ou concepção. E todos nós fazemos isso? Os fatos demonstram que não. E por isso não existimos? Existimos, sim. E vamos todo dia ao trabalho, assistimos à novela, o jornal e aos jogos na TV, comemos pipoca e fazemos um monte de coisas mais.

Com nossa existência justificamos a existência de todo o que usamos ou gostaríamos de usar. O aparelho de televisão, o celular, a internet, o carro, as Brotinhos. Então o que está fora de lugar? Fora de lugar é viver uma vida sem pensar. Apenas existir, pois não será para isso, certamente, que o universo nos deu esta vida inteligente. Para manter o nível do texto trazemos outro pensamento filosófico: “Uma vida sem reflexão não merece a pena ser vivida”, diz Sócrates.

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Quem queira contestar que conteste, eu não. Sem refletir nossa vida, nossos atos e escolhas, desperdiçamos nosso dom maior: nossa inteligência. Para comer pipoca não nos faz falta, nem para assistir TV, nem para ir ao trabalho todo dia. Qualquer cachorro bem adestrado vai até a banca e volta com o jornal, direitinho. Refletir é preciso. É preciso ponderar todo o que nos concerne. No trabalho, em casa, no supermercado.

De outro modo somos obedientes das escolhas dos outros. E cadê nossos próprios objetivos e nossos sonhos? Cadê a integridade de nossos valores e nosso entendimento do certo e do errado? Sem esse nadinha de nada de reflexão sobre nossa existência somos iludidos. Usados pelo acaso ou por elementos mais sinistros, que aproveitam nossa participação inconsciente nos fatos que os outros determinam e que constroem a história. Nossa história e a de nossos próximos. Essa história se constrói com nossa participação, aí somos protagonistas, ou sem ela, aí somos cúmplices.

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Para dar um exemplo proponho uma tarefinha. Três coisas para pensar:

  1. Com que verba vai ser colocado a funcionar esse super equipamento de ponta na área de esportes que anunciaram na Cohab? Vai ser necessário, entre outras coisas, pessoal capacitado para preparar atletas com nível de competir, como sonhou o prefeito e o primo. Para ajudar, na Caxixola tem um muito mais modesto. Quem utiliza?
  2. Falta espaço de recreação para crianças, sem pretensões de ouro olímpico. Na cidade toda. Era necessário esse investimento da Cohab antes de dar a elas umas gangorras e uns balanços bem feitos numa praça bonita e com sombra.
  3. c)  Alguém sabe quem pediu esse investimento de R$ 5 milhões? O senhor prefeito não está governando para todos? Ou só para as lideranças que concordam com o que ele decide para todos? Consultou se não haveria outras prioridades?
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Agora vamos submeter estas questões ao processo de raciocínio lógico. Vamos exercer a capacidade de julgamento, dedução ou concepção. Vamos viver.