câmara-deputadosA quantidade de candidatos à presidência da Câmara dos Deputados neste ano é a maior desde 1979, segundo levantamento realizado pela Secretaria Geral da Mesa Diretora da Casa. Ao todo, 17 parlamentares registraram suas candidaturas para ocupar a vaga deixada por Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que renunciou ao cargo na semana passada. Em seguida, Beto Mansur (PRB-SP) anunciou que deixaria a disputa, “para não ser um fator de divisão na base aliada” do governo Temer. Maria do Rosário (PT-RS) e Fausto Pinato (PP-SP) também desistiram. Ficaram 14 postulantes.

O chefe da assessoria técnica-jurídica da Mesa Diretora da Câmara, Fernando Sabóia Vieira, explica que até 1991, apenas o maior partido da Casa lançava candidatos ao cargo, o que ajuda a explicar o baixo número de candidatos à presidência da Câmara. Essa regra mudou a partir de 1993, quando diversos partidos passaram a disputar o cargo.

Curiosamente, antes das eleições deste ano, o maior número de candidatos à presidência da Câmara havia sido registrado em outra eleição-tampão. Foi em 2007, após a renúncia do então presidente Severino Cavalcanti (PP-PE). À época, foram dez candidaturas à eleição, que foi vencida pelo então deputado federal Aldo Rebello (PCdoB-SP).

Para Sabóia o grande número de candidatos à presidência da Câmara é resultado de uma conjunção de fatores: aumento do número de partidos com representação na Casa e a crise política.

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