anel viário

Em 9 de janeiro de 2013 o prefeito posa  ao lado do trator e anuncia o anel viário

O projeto de construção de um anel viário para acabar com o caos no trânsito de Serra Talhada pode se transformar na principal arma das oposições contra o projeto de reeleição do prefeito Luciano Duque (PT). Em 2012, em pleno calor da campanha, a promessa foi jogada em todos os comícios e se tornou uma das plataformas publicitárias do guia eleitoral. Orçado em R$ 30 milhões, a ‘estrada para Brasília’ não funcionou e não há previsão para que este ano alguma coisa saia do papel.

Em 9 de janeiro de 2013, o prefeito posou para fotografias e rasgou cerca de 23 quilômetros de estrada para a obra. Três anos depois nada aconteceu e a oposições não vão perdoar a promessa não cumprida. “No anel viário ele gastou R$ 1,5 milhão. Ai é rombo, porque o mato está tomando de conta”, disparou o ex-prefeito Carlos Evandro, que na época estava no mesmo palanque de Duque.

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Nessa segunda-feira (4), foi o pré-candidato a prefeito, Marquinhos Dantas (SD), esposo da vice-prefeita Tatiana Duarte, que deu o tom contra o anel viário. “Não se fala mais no anel viário, no distrito industrial, no hospital municipal. O próprio prefeito disse: se o então secretário Isaltino Nascimento não fizesse o anel viário o prefeito faria, senão para o governo não valeria nada, ele (Duque) mesmo disse isso”, provocou Dantas, durante uma entrevista a uma emissora de rádio.

PEDIDO DE SOCORRO

No dia 15 de janeiro do ano passado, o prefeito Luciano Duque admitiu que iria procurar o secretário de Transportes, Sebastião Oliveira, para pedir ajudar na viabilização do anel viário.

“O senador Humberto Costa colocou recursos do trecho entre a Estação do Forró até o Alto do Bom Jesus. Então, nós vamos falar com o secretário de Transportes (Sebastião Oliveira) para tentar interligar o bairro Alto do Bom Jesus ao bairro Vila Bela, e porque não o nosso condomínio de indústria e negócios? E nós vamos dar o ponta pé inicial, se Deus quiser, agora no mês de fevereiro”, disse Luciano Duque. Um ano depois, nada aconteceu.

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No dia 7 de julho de 2015, Sebastião Oliveira recebeu em seu gabinete o secretário de Desenvolvimento Econômico, Faeca Melo, que entregou um projeto de construção do anel viário. O projeto foi recusado porque não trazia detalhes técnicos. “O projeto do prefeito que chegou em minhas mãos não é de um anel viário. Aliás, nunca foi. O que o secretário Faeca Melo me apresentou é de uma perimetral”, resumiu Sebastião Oliveira, afirmando que iria ajudar o prefeito Luciano Duque.

MATO TOMOU CONTA DO TRAÇADO ATÉ OS DIAS DE HOJE
MATO TOMOU CONTA DO TRAÇADO ATÉ OS DIAS DE HOJE

Fotos: Farol de Notícias/ Alejandro Garcia.