A diretora do Hospam, Karla Milena, dá sua versão sobre graves denúncias disparadas pela secretária municipal de Saúde, Socorro Brito, que colocou em xeque uma licitação promovida entre o hospital público e o Centro de Diagnósticos São Vicente (leia aqui). Confira o texto enviado pela gestora do Agamenom Magalhães.

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Com o objetivo de melhorar o serviço de radiologia do Hospam, iniciamos uma reforma na sala de raio-x para instalação de um aparelho novo e mais potente, a fim de melhorar o serviço prestado à população. Assim, desde meados de outubro de 2012 que os raios-x de grande porte estão sendo realizados no Centro de Diagnóstico São Vicente, já que esta unidade ofereceu o menor preço pelos exames. Foi contactada outra prestadora que dispõe do serviço de raio-x 24 horas, porém o valor cobrado seria 50% mais caro que a referida unidade. Como ainda não atingimos o teto que obriga a fazer processo licitatório, este não foi realizado. Por isso, não estamos irregular.

No início da reforma, todos os exames de pequeno, médio e grande porte estavam sendo encaminhados para a prestadora. Por observação e solicitação do ortopedista do plantão, o qual deu a idéia de usar o aparelho móvel e ainda ajudou a direção a identificar o melhor espaço no hospital para realizar os exames de pequeno e médio porte. O aparelho de raio-x móvel de 100 amperes não precisa ser utilizado em local com proteção de paredes baritadas, pois o mesmo serve para fazer exames no leito dos pacientes.

Os técnicos possuem os equipamentos necessários para garantir sua proteção radiológica, que são: avental de chumbo, protetor de tireóide, dosímetro, que serve para medir a radiação do funcionário, e mensalmente é enviado ao Laboratório de Energia Nuclear da UFPE, onde até o presente momento não apresentou nenhuma alteração. Realizam os exames a uma distância de 2 metros do aparelho, que não prejudica nem o profissional nem o usuário.

Gostaria de esclarecer que o intuito de procurar o Ministério Público na última sexta-feira, foi resguardar o Hospital contra posteriores denúncias. Como já havia acontecido na manhã daquele mesmo dia, onde um usuário não aceitou a transferência de sua esposa, moradora do bairro do Ipsep, para outra unidade de saúde fora de Serra Talhada, e procurou a emissora de rádio Cultura FM para reclamar do Hospam.

Falamos pessoalmente com o Promotor de Justiça Dr. Fabiano Pessoa de Melo, que disse termos tomado a atitude correta. Que o Estado é responsável pelo Hospam e o município é responsável pela rede complementar, e ambos devem prestar assistência à população. Temos ciência de que alguns dias a escala de médicos plantonistas não está completa, mas não é por falta de gestão e sim por escassez de especialistas que queiram trabalhar no serviço público de emergência.

KARLA MILENA

DIRETORA DO HOSPITAL REGIONAL AGAMENOM MAGALHÃES

(HOSPAM)