“É um absurdo se cobrar tão caro se não temos estrutura para trabalhar, o aumento é abusivo. Estamos tendo prejuízo atrás de prejuízo, a Prefeitura não chega para ajudar, só para cobrar”, disse o comerciante Naislan Silva, 24 anos, explicando que a maioria das reformas no pátio foram bancadas pelos próprios feirantes. “O que temos aqui hoje foi feito por nós mesmos. A Prefeitura só veio com o chão. Se está bonitinho os boxes e barracas, é porque cada feirante trabalhou duro, juntou seu dinheiro e levantou isso”, explicou.
Já Cláudio Lima, que trabalha vendendo tempero na feira, garante que a cobrança pode afetar a economia e até a sobrevivência dos pequenos feirantes. “80% das pessoas que tem banca aqui na feira são agricultores. Se abrirem alvará, se declarar empresa, perdem os benefícios, tipo Bolsa Família. Vender melancia na feira é ter empresa e ser empresário agora?”, questionou Cláudio, fazendo questão de mostrar a sua revolta. Ele também se queixa do comércio informal que funciona na calçada do pátio, sem qualquer fiscalização por parte da prefeitura. ”
“Os feirantes só tem valor em época de eleição. Lhe digo uma coisa, votei em Luciano achando que iria melhorar, que iríamos para a frente, que a feira teria vez e voz. Mas, me arrependi. Votei em Luciano Duque e cavei minha própria cova”, resumiu Cláudio Lima. A reportagem do FAROL entrou em contato para localizar a secretária de Desenvolvimento Econômico, Luciana Magalhães, para comentar as declarações dos feirantes, mas não obteve respostas.
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