sargento

Fotos: Farol de Notícias / Alejandro García

O Farol conversou nessa quarta-feira (18) com o sargento Luciano que também é acusado, junto com o cabo Valdevino, de ter integrado um grupo de extermínio em Serra Talhada, no ano passado. O sargento se declara inocente e faz tratamento psiquiátrico em função do problema. Confira a entrevista na íntegra.

Farol- Sargento Luciano de Souza, um ano depois de DHPP  acusar o senhor e o cabo Valdevino de fazerem parte de uma milícia, o senhor continua detido, está vindo em Serra Talhada para ser ouvido. Qual o sentimento do senhor agora? o que espera que aconteça daqui para frente? o senhor se sente injustiçado pelas acusações do pessoal do DHPP?

Sargento Luciano- Bom dia as pessoas que acompanham o FAROL e que acompanham as notícias de Serra Talhada e região através do FAROL DE NOTÍCIAS. Eu estou fazendo tratamento psiquiátrico devido a situação porque como vimos, o senhor tirou as fotos aqui das ocorrências que nós fazíamos tanto em Serra Talhada como na região, que nós tínhamos o comprometimento com a causa pública, muitas pessoas confiavam no serviço da gente, davam com informações e a gente corria atrás, então, aqui tem aproximadamente cem flagrantes que foram feitos a maioria aqui dentro de Serra Talhada com relação a tráfico de drogas e arma de fogo, então, infelizmente a gente não agrada todo mundo, as vezes desagrada alguns.

Veja também:   Mercado público gera o primeiro confronto entre Márcia e Duque

Hoje, já completou um ano agora dia 7 de maio de toda situação e como vocês estão vendo aqui, eu trouxe a documentação para mostrar a arbitrariedade e a irresponsabilidade que fizeram com a gente, porque a gente, realmente, quando estava de serviço tinha comprometimento com a causa pública e infelizmente tiraram a gente de circulação.

Farol- O senhor se sente injustiçado, o que espera que aconteça a partir de hoje?

Sargento Luciano-  Eu espero que seja feita a justiça porque como vocês estão vendo aqui, eu trouxe a documentação para provar a minha inocência. Infelizmente, o que está acontecendo no estado eu não vou relatar agora, vou fazer um dossiê para ver as arbitrariedades que está acontecendo.

Veja também:   ST dos anos 50 com 'pés' no passado e no futuro

Farol- O senhor acha que foi uma prisão arbitrária que aconteceu com o senhor?

Sargento Luciano- Além de arbitrária, fraude processual. As duas pessoas, que não vou citar o nome, que estão no processo, que são apontados pelo DHPP como executores estavam presos no dia dos fatos, um no presidio de Salgueiro e o outro no presidio de Arcoverde, então, qual a lógica da gente ter dado apoio para eles terem executado esse povo?

Farol-  O ano passado havia comentários que o senhor e o cabo Valdevino faziam parte dessa milícia, mas Serra Talhada já marcou dezesseis homicídios esse ano, escala de violência, furtos, assaltos está terrível. Como o senhor analisa isso, está preso por fazer parte de uma milícia, mas um ano depois os mesmos problemas, a matança  continua.

Veja também:   'Gilson Malassombro' é morto a tiros nesta 5ª no Sertão do Pajeú

Sargento Luciano- Infelizmente, a gente vinha desenvolvendo um trabalho de iniciamento ostensivo  para evitar essa onda de tráfico de drogas, assaltos, essas coisas, mas infelizmente a gente que realmente tinha um comprometimento com a causa pública fizeram o que fizeram com a gente essa arbitrariedade, infelizmente, é difícil de dizer alguma coisa.

sargento 2

Sargento Luciano diz que tem provas da sua inocência