medicamentosPacientes que dependem da Farmácia de Medicamentos do Estado denunciam que estão sem receber remédios há pelo menos seis meses. A maioria tem doenças crônicas e precisa dessas substâncias para fazer o tratamento, mas está contando com a boa vontade de conhecidos para não interrompê-lo. A equipe do NETV 2ª edição esteve na farmácia, nesta segunda (20), e viu muitos voltarem para casa só com a receita.

Na entrada da farmácia, as histórias se repetem. Os pacientes mostram os cartões de recebimento de medicamentos e é possível ver alguns que não conseguem retirar a medicação há dois meses, outros há seis e até sete meses sem receber uma única caixa. “Eu trabalhei com mármore, granito. Já faz uns dois meses que não recebo, dizem que não tem o remédio”, contou o aposentado José Vicente.

Renovação da requisição do medicamento
Os pacientes têm que renovar a requisição do medicamento a cada três meses. Quando voltam, novamente enfrentam o problema de falta de medicação. Alguns pacientes estão já na terceira renovação. A dona de casa Helena Severina afirma que não aguenta mais a situação. “A gente tem que renovar, aí vai um tempo para marcar a consulta. Volta aqui, não tem de novo”, reclamou.

Para consulta sobre os remédios à disposição, a farmácia dispõe de um número de telefone. De acordo com os pacientes, as recepcionistas anotaram o número nas cadernetas de recebimento dos medicamentos, mas o telefone não funciona. Entre os medicamentos em falta estão Azatioprina (50 mg), Oxcarbazebina (300 mg), Formoterol, Budesonida 12 e Alenia.

A Secretaria Estadual de Saúde informou que medicamento Mesalasina foi comprado na quantidade de mais de 300 mil comprimidos e aguarda apenas a entrega do fornecedor. Já o Alenia, composto de formoterol mais budesonida, a licitação foi finalizada e o lote do medicamento, com 11 mil frascos, deve abastecer a farmácia em até 30 dias. O azatioprina e o oxcarbazebina estão sendo comprados de forma emergencial e devem ser entregues em até 45 dias.

( Do G 1 )