selo-farolCerca de 200 agentes de endemias de Serra Talhada procuraram a sede do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), nesta terça-feira (15), e denunciaram a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) por assédio moral e abuso de autoridade por parte dos que fazem a Vigilância Sanitária. Os agentes, recém-contratados, procuraram também o FAROL DE NOTÍCIAS. Segundo eles, os chefes chegam a fazer ameaças verbais e o constrangimento é constante dentro da secretaria.

“Estamos vivendo um clima de terror e medo que nos foi imposto pelos que fazem a Vigilância Sanitária. Eu estou apavorada com tudo isso. Nossa esperança está na ação do Ministério Público”, disse um agente de endemias, pedindo anonimato com medo de represálias por parte da Secretaria de Saúde.

De acordo com uma comissão ouvida pelo FAROL, além das ameaças constantes, os agentes trabalham sem Equipamento de Proteção Individual (EPI). Além disso, os denunciantes garantem que estão sendo discriminados pelo fato de serem concursados e não comissionados.

“Querem que a gente trabalhe aos sábados, por exemplo, mas não querem nos pagar horas-extras. Isto não está certo. Estamos numa carga horária excessiva, de 8 horas; enquanto outros só cumprem apenas 6 horas”, reforçou outro agente de endemias. Na denúncia feita ao Ministério Público foram revelados os nomes das pessoas responsáveis pelo assédio moral com a equipe. O sindicato da categoria deu total apoio a iniciativa.

O OUTRO LADO

A reportagem do FAROL conversou com o secretário-executivo de Saúde, Aron Lourenço, que preferiu não comentar as denúncias dos agentes de endemias. “Só irei me pronunciar após ser notificado pelo Ministério Público. Não estou sabendo de nada disso. Portanto, prefiro não comentar nada”, reforçou.

Fotos: Farol de Notícias/ Alejandro Garcia

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