Publicado às 09h50 desta sexta-feira (6)

O promotor de Justiça, Vandeci de Sousa Leite, esclareceu nesta sexta-feira (6) como se dará os procedimentos quanto a suposta existência de um cartel na revenda de botijões de gás em Serra Talhada.

Após ouvir os empresários do setor e cobrar o envio das notas fiscais de compra dos últimos três meses, o promotor adiantou os próximos passos, durante entrevista a rádio Cultura FM.

“Vamos encaminhar as notas fiscais ao Centro de Apoio Técnico e Contabilidade do Ministério Público de Pernambuco, em Recife. Eles vão fazer um levantamento e um cálculo e dizer se realmente existe um cartel em Serra Talhada, ou se não existe. Se os valores cobrados são abusivos ou não, e vão encaminhar este relatório para o Ministério Público de Serra Talhada e a promotoria de Justiça vai tomar a decisão que seja mais favorável ao consumidor em regra geral”, assegurou o promotor.

DIÁLOGO

Durante a entrevista, o promotor fez questão de afirmar que o momento é de dialogo entre as partes, observando, inclusive, o lado dos empresários que geram emprego e sofrem com a venda clandestina de botijões em Serra Talhada.

“Nós verificamos as reivindicações da sociedade de Serra Talhada e buscarmos ajustar um acordo com os revendedores de gás de cozinha para que pudessem explicar o valor cobrado em nossa região. Instauramos um procedimento para investigar a existência do cartel em Serra Talhada. Mas nossa intenção foi iniciar uma conversa com os empresários a fim de que eles pudesses ser ouvidos e explicassem porque o preço chegou a este ponto”, disse Vandeci Leite, complementando:

“Os empresários alegaram que os custos das empresas são elevados e têm que repassar estes custos aos consumidores, mas expliquei aos empresários que deveriam encaminhar as notas fiscais relativas as compras de gás nos últimos três meses, para comprovar os preços praticados no período”.