Do Jornal do Brasil

A economia chinesa voltou a dar indícios de sua rápida desaceleração nesta segunda-feira (4), instaurando no mercado internacional um movimento generalizado de aversão ao risco. Um novo índice industrial divulgado no primeiro dia útil de 2016 frustrou as expectativas de analistas e retomou as discussões sobre o impacto da situação do gigante asiático em países emergentes, a exemplo do Brasil.

Investidores amanheceram com a notícia de que o índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial da China ficou em 48,2 em dezembro de 2015, ante os 48,6 registrados no mês anterior. Os dados – medidos pelo grupo de mídia Caixin, em conjunto com o Instituto Markit – vieram bem abaixo das projeções do mercado, que eram de 49. Números abaixo dos 50 pontos significam contração do setor.

Veja também:   Governo anuncia medidas de crédito para injetar R$ 83 bilhões na economia

“A queda no índice mostra que a economia está enfrentando um maior risco de enfraquecimento”, alertou a economista-chefe da Caixin, He Fan. E se o desempenho industrial do país foi ruim na análise da iniciativa privada, os dados divulgados na última sexta-feira (1) pelo governo também não ficaram para trás. O PMI oficial da China em dezembro foi de 49,7, leve alta em relação aos 49,6 de novembro. Ainda assim, a expectativa do mercado era de que o índice chegasse a 49,8.

ara aumentar a competitividade dos produtos chineses, o Banco do Povo da China (PBoC, o banco central do país) vem repetidamente desvalorizando sua moeda. Hoje, a autarquia estabeleceu a taxa de paridade em 6,5032 yuans por dólar, o menor nível da divisa chinesa desde 2011.

Veja também:   Farmácia é assaltada pela quarta vez em Serra Talhada; veja vídeo da ação dos criminosos