SilêncioA ordem dentro do governo Luciano Duque (PT), prefeito de Serra Talhada, é evitar qualquer tipo de comentário com relação as denúncias de um suposto esquema de superfaturamento de medicamentos na Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Durante toda a terça-feira (9) a reportagem do FAROL tentou, por todos os meios, conversar com a secretária Márcia Conrado, que denunciou o esquema à Câmara de Vereadores. O objetivo foi de ouvir o outro lado após a atitude dos vereadores de oposição que ameaçaram acionar o Ministério Público Federal (MPF), nessa terça-feira (9).

“Eu não vou falar sobre o assunto, você deve ligar para Tarcísio Rodrigues. Ele fala com você”, disse Márcia Conrado, ao recusar o diálogo com a reportagem do FAROL. Mas durante todo dia tentamos conversar, por telefone, com assessor de imprensa do governo Duque, Tarcísio Rodrigues. Entretanto, desta vez, Rodrigues também adotou o silêncio e sequer ousou atender as chamadas telefônicas feitas pelo FAROL.

Nos bastidores, há informações de que a tática do prefeito Luciano Duque é fugir de forma proposital do assunto. Por uma razão muito simples: a Câmara de Vereadores só funciona até o dia 22 de dezembro e o governo quer evitar polêmica com os oposicionistas.

Enquanto isso, paira no ar a suspeita de superfaturamentos de medicamentos em até 300%. Nenhum mapa de licitação foi entregue aos vereadores e a coordenação de licitações, que funciona no prédio da prefeitura, também não se pronunciou sobre o suposto esquema até agora.