Leia mais no G1 São Paulo

tráfico de drogas ordenou a saída dos cerca de 600 usuários de droga da nova Cracolândia, na Praça Princesa Isabel, e a ida deles para a antiga, na Alameda Cleveland, ambas no Centro de São Paulo. A informação é de agentes públicos de segurança e de representantes do poder judiciário e assistentes sociais ouvidos nesta quinta-feira (22) pelo G1.

A procissão do crack, como é conhecido o deslocamento coordenado dos dependentes, ocorreu na noite de quarta-feira (21), exato um mês após a operação policial na região da Rua Helvétia. Segundo as pessoas que aceitaram falar com a reportagem sob condição de anonimato, o Primeiro Comando da Capital (PCC) determinou que os dependentes químicos deixassem a praça para evitar que novos traficantes sejam presos.

Veja também:   Márcia entrega 1ª etapa do mercado público nesta 2ª

Procurada, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que apura o motivo do deslocamento. A Polícia Militar e a Guarda Civil Metropolitana (GCM) informaram que não agiram de foram a determinar a saída dos usuários de drogas da praça.

O número oficial de suspeitos detidos pela polícia por tráfico não foi informado pelas fontes, mas é certo que, além das prisões de criminosos, o combate ao comércio de drogas tem prejudicado as vendas e, por consequência, o lucro da facção criminosa. As ações de segurança são feitas pela Polícia Militar (PM) com o apoio da Guarda Civil Metropolitana (GCM).

Mudança de endereço

Os usuários tinham deixado a antiga Cracolândia em 21 de maio, quando uma operação policial para prender suspeitos de tráfico espalhou os dependentes para outras áreas da cidade. Uma delas foi a Praça Princesa Isabel, que passou a ser conhecida como nova Cracolândia.

Veja também:   PRF apreende carreta com 16 toneladas em Serra Talhada

O ‘fluxo’, como é conhecida a concentração de usuários para comprar e consumir crack, só mudou de endereço desde então: a cerca de 400 metros da antiga Cracolândia. Neste mês de junho ocorreram ao menos duas operações da PM que causaram confronto com os viciados na praça: nos dias 11 e 14. Nos dois casos, a alegação da força de segurança era de que as ações resultaram na prisão de traficantes.