barragem-serro-azulBarragem de Serro Azul, em Palmares, é uma das obras paradas apontadas pelo TCE em Pernambuco

Num levantamento feito em todo o Estado, o Tribunal de Contas de Pernambuco encontrou 911 obras paradas ou com indícios de paralisação, bancadas pelo setor público. Os problemas abrangem 123 dos 184 municípios. Os serviços, orçados em R$ 5,3 bilhões, estão sob comando de prefeituras e do governo do Estado, entre elas habitacionais do Minha Casa Minha Vida, a barragem de Serro Azul, em Palmares, os Corredores Norte-Sul e Leste Oeste de transporte público, a dragagem do Rio Capibaribe, a reforma do Ginásio de Esportes Geraldão, UPAs, cadeias públicas e outros de pavimentação e saneamento.

De acordo com o TCE, existem obras paradas que estavam sob a direção de dez órgãos da Prefeitura do Recife, entre eles URB e Emlurb, e em 35 órgãos vinculados ao governo do Estado. Crise econômica e falta de planejamento estão na lista de motivos constatados pela equipe técnica do tribunal.

“Uma obra paralisada ou mesmo concluída, mas sem finalidade pública, é um recurso perdido”, disse o inspetor de obras Ayrton Guedes Alcoforado, diretor do Núcleo de Engenharia do TCE, em material de divulgação do tribunal.

A lista das obras paradas está disponível no site do tribunal (www.tce.pe.gov.br). “Em relação a 2013, houve um aumento de mais de sete vezes no valor dos contratos com obras paralisadas, que passou de R$ 740 milhões para R$ 5,3 bilhões”, informa o TCE.

No conjunto detectado, há 54 contratos que permanecem paralisados desde 2013 e 297 continuam no mesmo patamar desde o ano de 2014. “Esses dados já foram remetidos às Inspetorias Regionais para que façam o monitoramento das obras inconclusas e, caso necessário, a responsabilização dos agentes públicos pelo dano causado ao erário”, informa.

Do JC Online