20150831_110300

Foto: Farol de Notícias / Manu Silva

Pelo fortalecimento da categoria, a revitalização da centenária Filarmônica Vilabelense e a criação de uma escola municipal de música em Serra Talhada artistas locais planejam nos próximos meses abrir a Associação dos Músicos de Serra Talhada (Amust). Em visita a redação do FAROL, nesta segunda-feira (31), o produtor cultural José Orlando Lima, fez um desabafo preocupado com a atual situação de precariedade que enfrentam os músicos locais. Para ele, as futuras gerações da cidade correm um sério risco por falta de incentivo e alternativas que estimulem os novos talentos musicais.

A angústia de José Orlando foi externada em público durante a final do Festival Cantando na Concha, nesse domingo (30) quando, de cima do palco, fez um alerta ao prefeito Luciano Duque cobrando o cumprimento da promessa de campanha de abrir uma escola de música na Capital do Xaxado. “A música em Serra Talhada é o movimento mais forte, temos muitos cantores, instrumentistas e produtores. Até hoje esperamos a escola de música para dar oportunidade a essa molecada que está aí. A Filarmônica está morrendo e precisa de revitalização urgente”, disse o músico ao FAROL.

Veja também:   Grande empresa de ST é alvo de investigação do MPPE

20150831_110305

De acordo com Zé Orlando, a criação da Amust aumentará a voz do movimento musical na luta por espaço e valorização das antigas e novas gerações. “Já tenho um abaixo-assinado com 60 assinaturas de pessoas de vários segmentos da sociedade que tocam, cantam, produzem e formarão a associação. Outras pessoas ligadas ao movimento também podem se juntar a nós, terão voz e podem contribuir no debate com propostas”, detalhou o produtor, concluindo: “Porque a nossa categoria precisa se unir para vencer as barreiras, pensando principalmente nas novas gerações de músicos que por falta de incentivo estão se perdendo”.

“NENHUM SECRETÁRIO ME AJUDOU”

Zé Orlando revelou que a PMST foi parceira do Cantando na Concha, mas enfatizou que teve que tratar diretamente com o prefeito, pois todos os secretários procurados lhe fecharam as portas. “A prefeitura contribuiu com 30% do valor para o festival, o restante é porque eu e o Cristiano temos a estrutura para fazer, som. luz, sala de ensaio, instrumentos, banda. São nossos amigos que fazem com ou sem dinheiro. Esse ano nós conseguimos pagar eles, mas o ano passado quase que eles não recebem. A prefeitura é parceira, a pessoa do prefeito, porque tivemos que recorrer diretamente a ele. Nenhum secretário nos ajudou”, desabafou Zé Orlando.