carros 4(Do G1 São Paulo)

As vendas de carros, caminhões e ônibus novos caíram 26,55% em 2015 em relação ao ano passado, informou a federação dos concessionários, a Fenabrave, nesta quarta-feira (6). Foram emplacados 2.569.014 veículos 0 km – as motos são contadas à parte. Foi o terceiro ano seguido de baixa, porém, mais aguda que nos períodos anteriores. Em 2014, o declínio foi de 7,15%sobre 2013, com 3.497.810 emplacamentos.

É a primeira vez, desde 2009, que o país não vende mais de 3 milhões unidades, e o pior resultado no ano desde 2007, quando foram comercializadas 2,46 milhões de unidades. “A crise política prejudicou e causou a falta de confiança do consumidor”, disse o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção.

O executivo também citou o aumento do desemprego na cadeia produtiva, alta do dólar e baixa do PIB como motivos que afetaram as vendas em 2015. A baixa nas vendas provocou ofechamento de 1.047 concessionárias e o corte de 32 mil empregos, segundo a Fenabrave.

Veja o volume de emplacamentos de veículos (exceto motos) desde 2006:
2015 – 2.569.014
2014 – 3.497.805
2013 – 3.767.188
2012 – 3.801.808
2011 – 3.632.818
2010 – 3.514.803
2009 – 3.140.797
2008 – 2.819.909
2007 – 2.462.410
2006 – 1.927.318

Pior para caminhões
O segmento de carros, que engloba automóveis e comerciais leves (SUVs, picapes e furgões), acumulou 2.476.904 unidades, o que representa recuo de 25% em relação a 2014, quando o número chegou a 3,32 milhões. Mas o setor de veículos pesados foi o que mais sofreu no ano passado. As vendas de caminhões caíram quase pela metade (47,6%), para 71.787 unidades, enquanto as de ônibus encolheram 36,5%, para 20.323.

Projeção para 2016
A expectativa para este ano continua sendo de retração, porém menos intensa. A Fenabrave estima que o segmento de automóveis e comerciais leves sofrerá nova queda, de 5,9%, para 2,33 milhões de veículos.

Já a projeção para caminhões e ônibus é de queda de 2,8%, para 89,5 mil unidades.Vale lembrar que no início de 2015, a entidade esperava recuo de apenas 0,53% nas vendas para o ano passado.

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