O vereador Márcio Oliveira (PTN) procurou o FAROL nesta terça-feira (17) para rebater as críticas feitas pelos vereadores Zé Pereira (PT) e Ronaldo de Dja (PSDB), durante sessão ordinária da última segunda feira. Ronaldo chegou a afirmar que Márcio era um dos beneficiários na distribuição de alimentos e que poderia estar envolvido em denúncias de irregularidades.

Márcio Oliveira assinou, há um mês atrás, a denúncia contra o vice-prefeito Luciano Duque junto com outros parlamentares e enviou aos órgãos de fiscalização. Ele também rebateu as crítica do petista Zé Pereira quanto ao terrorismo que opositores ao vice-prefeito estariam fazendo contra agricultores na zona rural da cidade para que eles assinassem documentos contra Luciano. Veja a nota na íntegra.

Caro Giovanni Sá

Inicialmente gostaria de parabenilizá-lo pelo trabalho desenvolvido na elaboração deste importante veículo de comunicação, que é o Farol de Notícias. Quanto à matéria intitulada CASO CONAB: Debate chega à CMST e vereador denuncia ‘terrorismo’ contra agricultores, venho prestar alguns esclarecimentos.

– Inicialmente, no trecho que consta “Zé Pereira denunciou na tribuna que os opositores a Luciano foram até a zona rural e coagiram agricultores para que eles assinassem documentos contra o vice-prefeito ameaçando-os de que, se não colocassem seus nomes, a Polícia Federal iria prendê-los”, devemos levar em consideração que tal denúncia é de extrema gravidade, e, por isso, deveria ter sido encaminhada, para apuração, pelo órgão competente. Por que o referido agricultor não foi a Delegacia de Policia e registrou Boletim de Ocorrência contra os coatores e pessoas que o ameaçaram? Quero afirmar que há ainda tempo hábil para o registro do Boletim.

– Ainda quanto à fala de Zé Pereira, continuo a propor que ele, junto com Ana Paula e todos os envolvidos nas Denúncias (Zé Pereira não está envolvido na Denúncia), venham a nossa Casa Legislativa, ou senão, que convoquem os membros da Imprensa, como sugeri ontem, e você Giovanni Sá, estava presente, e façamos um debate, com a presença de Adauto Mourato, este Vereador, Paulo Melo e Gilson Pereira, para que possamos apresentar os argumentos, dos dois lados, a fim de que a sociedade tenham o real conhecimento do que está acontecendo, e possa realizar o seu juízo de valor.

– Quanto à fala de Ronaldo de Dja (“Vossa Excelência seria um dos beneficiados nisso também pois na época trabalhava com os alimentos para o povo da comunidade da  baixa renda. Eram 182 pessoas na sua associação”). O que tenho a esclarecer é que realmente ajudava no transporte dos produtos entregues na Comunidade da Baixa Renda (nunca cobrei um centavo, e nunca fui responsável por escolher as pessoas que recebiam os alimentos, pelo contrário, essa lista de pessoas era diretamente fiscalizada pelo Conselho), comunidade esta que recebeu calçamento graças a minha luta e o empenho do Deputado Sebastião Oliveira.

E que não há qualquer Denúncia por mim assinada que trate da distribuição dos Alimentos às Associações. O que houve por parte do Vereador Ronaldo de Dja foi um equívoco, nós não denunciamos a distribuição dos alimentos pelas Associações, nós não denunciamos que a Associação do Borborema ou do Alto do Bom Jesus, ou da CAGEP, ou do Baixa Renda estava distribuindo de forma irregular os alimentos recebidos. Se os Vereadores sabem de alguma irregularidade, podem sim denunciar. A nossa denúncia trata exclusivamente da aquisição do alimentos, do preço pago pelo alimento. Se o Governo Federal paga R$ 15,00 pelo quilo do bode, não pode qualquer entidade, pagar R$9,00 ou R$ 10,00 ao produtor rural.

A denúncia questiona  se no distrito de Água Branca, local em que o Vereador Zé Pereira é votado, produziu 21.976 quilos de tilápia eviscerada, se produziu 9.529 quilos de filé de tilápia, e onde fica localizada a unidade de beneficiamento de peixe, em Água Branca. Onde estão localizados os açudes que produzem referida quantidade de peixe no Distrito de Água Branca. Quem de Água Branca, conjuntamente, distribuiu a quantidade de 10.256 quilos de carne caprina?

Por fim, quero ratificar que o meu discurso na Câmara, na sessão do dia 16 de abril de 2012, foi unicamente para colocar frente a frente, as pessoas do Conselho Municipal e os autores da Denúncia do Bode. No meu entender, esse debate só traria para a população de Serra Talhada reais e efetivos esclarecimentos. A pergunta que não consigo responder: por que essa reunião não poderia ocorrer?

Grato, e sempre a disposição para esclarecimentos,

Márcio Oliveira Vereador