Em Pernambuco, a exemplo de Dilma Rousseff, Eduardo Campos precisa segurar na base governista partidos que podem se render ao encanto de outras candidaturas. Pré-candidato ao governo do estado, o senador Armando Monteiro Neto (PTB) segue por um caminho semelhante ao do PSB para realizar o sonho de concorrer ao Palácio do Campo das Princesas. O petebista entregou os cargos que o partido ocupava no governo do PSB e rompeu politicamente com Eduardo ao declarar que, no estado, o PTB vai apoiar a reeleição da presidente.

Agindo assim, Armando abriu uma porta para atrair o PT, que ainda não definiu se terá candidato próprio. A decisão dele, inclusive, provocou uma reação do ex-presidente Lula (PT), que declarou ter simpatia pelo senador na disputa pelo governo de Pernambuco. Além do desfalque do PTB e do PT, que também rompeu com o PSB por conta das críticas de Eduardo à presidente Dilma, outras siglas, como PDT, PP e PCdoB, podem abandonar o barco socialista.

Na montagem do xadrez para campanha estadual, a postura de integrantes do núcleo forte do PSB é de que não haverá pressa no trabalho de manter os aliados na Frente Popular, a coligação que elegeu Eduardo Campos duas vezes governador de Pernambuco (2006/2010). “Nós temos um grande desafio que é o de consolidar um projeto nacional. Essa é uma tarefa da mais alta relevância e é isso que deve ser feito. As conversas no estado só devem começar a partir de janeiro”, avisou o secretário de Governo, Milton Coelho.

( Diário de Pernambuco)