O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), indicou nesta quinta-feira, 12, em João Pessoa, que irá se desincompatibilizar do cargo em abril do próximo ano para disputar a Presidência da República. Em entrevista à Rádio Correio FM, Campos, numa referência à sua futura candidatura, disse que, a partir de abril, vai estar ‘na rua, sem função nenhuma, com o sentimento do povo”.

Oficialmente, o governador pernambucano não assume a provável candidatura ao Palácio do Planalto em 2014. Na entrevista à rádio da capital da Paraíba – onde esteve para receber o título de Cidadão Pessoense -, Campos ressaltou que tinha outras opções, como terminar o seu mandato de governador, ocupar um ministério ou se eleger senador com forte apoio popular.

LEALDADE DE LULA 

Ele reiterou ter recebido do próprio ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a garantia de não será candidato no lugar da presidente Dilma Rousseff, que vai disputar a reeleição. Campos destacou a lealdade ao ex-presidente. ‘O presidente Lula sabe que tenho coragem para perseguir os sonhos que não são os meus, são do Brasil que quer melhorar e todo mundo sabe que para melhorar tem que mudar’, disse. ‘E quando o povo bota na cabeça que vai mudar, faz a mudança.’

O governador de Pernambuco pregou a união do Nordeste e afirmou que a região precisa de ‘investimento pesado’. Ele criticou a lentidão de obras como a Transposição do Rio São Francisco e a queda no repasse do recursos do Fundo de Participação dos Municípios. ‘Os prefeitos estão todos quebrados, em todo canto, porque todo dia cai a receita dos municípios e Estados’, afirmou.

Na meta de conquistar o apoio da região – onde a presidente Dilma tem forte aprovação – o presidenciável fez questão de carregar no sotaque nordestino, utilizando inclusive expressões regionais. Ele mesmo se referiu ao seu ‘sotaque arrastado’.

(Do Estado de São Paulo )