Urna eletrônica passa por testes antes da eleiçãoDo CNN

O Tribunal Superior Eleitoral afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) enviou à Corte, na terça-feira (03), documentação relativa às acusações de fraude nas urnas eletrônicas nas eleições de 2014 e de 2018. No entanto, segundo a assessoria do TSE, não foram apresentadas provas de que as urnas foram adulteradas.  O TSE também não divulgou mais informações sobre quais foram os pontos alegados pelo presidente na resposta. e afirmou que o inquérito é “sigiloso” e não será divulgado na íntegra.

A resposta de Bolsonaro foi dada no âmbito de uma determinação do corregedor do TSE, o ministro Luís Felipe Salomão, em junho deste ano. Na ocasião, também foi instaurado por meio de portaria um procedimento administrativo para apurar a existência ou não de elementos concretos que possam ter comprometido o pleito de 2018. Em transmissão feita ao vivo em suas redes sociais para mostrar as alegadas provas de fraude nos processos eleitorais, o próprio presidente afirmou que não tinha como comprovar o que era alegado.

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“O mundo todo tem observadores eleitorais. Vão observar o que no Brasil? O que tem de palpável. Não tem como comprovar que as eleições foram ou não foram fraudadas. Vamos apresentar vários indícios aqui”, disse o presidente. Entre os supostos “indícios” contidos na apresentação feita pelo homem ao lado do presidente estão: um vídeo de um simulador de urna, que repetiria um padrão de desvio de votos que supostamente ocorreria na urna eletrônica; vídeos gravados em eleições anteriores, em que eleitores afirmam ter visto distorções entre o voto e a imagem exibida pela urna; e hipóteses estatísticas, que seriam supostamente indicativos de fraudes. No entanto, as hipóteses foram refutadas por especialistas em direito eleitoral e também pelo TSE em publicações feitas nas redes.