Publicado às 12h05 desta terça-feira (6)

Por Giovanni Sá, Editor-Geral do Farol

Após ser convidado a me retirar de uma emissora de rádio de Serra Talhada, onde fazia um programa há cerca de dois anos, comecei a refletir sobre o papel dos meios de comunicação na capital o xaxado, já que são concessões públicas. O mais interessante, é que pela terceira vez, na mesma emissora, entrei e fui ‘convidado’ a cair fora.

Na primeira, ainda com o saudoso Rádio Verdade, fui colocado fora do ar por criticar o então governador Eduardo Campos (PSB). Agora, a história foi outra. Com o fim do Programa do Farol, que acontecia aos sábados, parei de citar o nome da rádio nos textos em que fazíamos a repercussão de alguma entrevistas. Ora, se o Farol não cabia no rádio, o inverso teria que ser verdadeiro.

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Pois bem. Na última sexta-feira, véspera do debate protagonizado pela dita emissora, fui procurado para fazer uma matéria divulgando o evento, e me recusei. Não fazia sentido. O projeto não era nosso, e o Farol era ‘persona non grata’ na grade de notícias. Esta é verdade absoluta.

Dito isto, reflito o mal que representa as emissoras de rádio de Serra Talhada nas mãos de grupos familiares, ou de conglomerados políticos-ideológicos. Isto é que vem acontecendo há muito tempo, e quem ousar ir de encontro, vai se deparar com o triste fantasma da censura. Sem lembrar que algumas emissoras pagam salários injustos aos seus profissionais, muitos sequer têm carteira assinada há mais de 15 anos, e por aí vai.

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Refletir sobre a necessidade de um ‘choque’ de democracia no rádio de Serra Talhada é fundamental. Alguns usam o instrumento para seus interesses pessoais, fazer atos de vingança, etc, algo que não é mais aceito neste Século 21. A impressão que tenho, que apesar do avanço tecnológico nas redações, as mentes de alguns proprietários estão ‘mofadas’, repletas de teias de aranha e de vícios do período medieval.

Vida longa ao Farol!