Imagens acervo pessoal

Publicado às 04h45 deste sábado (10)

A série ”Rosa, Cor de Luta” traz a história dos milagres alcançados pela guerreira Valéria Gonçalves da Silva, 29 anos. A trajetória inspiradora da missionária serra-talhadense Valéria, diagnosticada com câncer de ovários aos 25 anos de idade, contrariou a medicina engravidando com apenas 15 dias que descobriu a enfermidade e mesmo passando por uma cirurgia (retirou as trompas, o ovário esquerdo e o cisto no direito) aos 3 meses de gestação, a criança permaneceu intacta. Hoje Valéria e o filho vendem saúde contando os milagres e inspirando muitas pessoas a lutarem pela vida.

Ao Farol, Valéria informou que tudo começou apenas com um incomodo na barriga. Era apenas uma suspeita de uma gravidez. Foi ao médicos e solicitaram exames e foi diagnosticada com um cisto de ovário muito grande. Era necessário cirurgia. Após 15 dias, durante os exames, os médicos falaram que era impossível ela engravidar, que o cisto já tinha tomado o ovário e o outro estava cheio de cisto, então eram impossível uma gravidez.

GESTAÇÃO

”Então eu parei de tomar o anticoncepcional, e foi nesses 15 dias que eu engravidei, isso foi o que surpreendeu a medicina. Eu sempre falo que foi Deus que quis me dá um filho porque diante das circunstancias era impossível. Não foi planejada, mas Deus quis me dá, eu já tinha 3 anos de casada. Foi aí que todos os planos dos médicos mudaram. Eu tive que interromper o dia da cirurgia e os médicos disseram que eu esperasse um aborto espontâneo porque era impossível, que eu ia abortar”, relembrou Valéria.

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A guerreira continuou o relato afirmando que passou 1 mês, 2 meses, e no terceiro mês a barriga já estava com características de 8 meses. Era o cisto que estava tomando toda a região. Por isso, os médicos disseram que não dava mais para esperar, que estava correndo o risco do cisto estourar dentro dela, e matá-la. Teve que passar por uma cirurgia delicada aos 3 meses de gravidez, porém Deus poupou a mãe e o pequeno guerreiro.

CIRURGIA E OS MILAGRES

”Na cirurgia foi retirado 3 litros do cisto, a trompa e o ovário esquerdo, que não serviam mais para nada. Fiz essa cirurgia, porém eles não retiraram o bebê, como o próprio médico falou: ‘eu não consegui tocar no seu filho, não porque eu quis, porque diante das circunstancias eu tiraria’. O cisto estourou dentro de mim na hora da cirurgia, então o risco do câncer se espalhar no  meu corpo era muito grande. Pós cirurgia, iniciei o tratamento com quimioterapia o mais rápido possível, aos 4 meses de gravidez, só deu tempo eu me recuperar mesmo da cirurgia, eu já entrei no tratamento.”

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Apesar dela ouvir a todo momento que não ia dá certo, conta que Deus preparou tudo, preparou uma equipe médica, tanto de obstetra quando da oncologia, no Hospital Santa Casa no Espírito Santo, para acompanhá-la e Arthur nasceu aos 9 meses vendendo saúde.

Hoje Valéria faz acompanhamento  em Arcoverde. ”Graças a Deus sem nenhum vestígio de câncer”, afirma. Apesar de ter sido um processo difícil louva a Deus pelo milagre alcançado, pela oportunidade de ser mãe, mesmo diante do impossível, diagnosticado pela medicina.

“A gente via a mão de Deus a todo momento, meu filho, Arthur, nasceu aos 9 meses, perfeito, cheio de saúde, super saudável e eu estou bem, graças a Deus, ainda estou sendo acompanhada por médicos aqui em Arcoverde, mas graças a Deus nenhum vestígio de câncer, estamos ótimos louvando a Deus por esse milagre, porque é um milagre. Pra mim é maravilhoso porque para a medicina eu não poderia ser mãe em nenhum momento e hoje eu posso contemplar esse milagre, ver meu filho saudável e está com saúde para cuidar dele e para vivenciar esse milagre”, disse Valéria acrescentando:

”Hoje me sinto uma mulher completa, sendo mãe, sendo esposa, sendo voluntária, um pouquinho de cada coisa, muito feliz e muito grata por poder compartilhar meus milagres com outras pessoas e dizer para as mulheres que vale a pena lutar, vale a pena enfrentar o tratamento, vale a pena lutar pela vida, porque a vida não é nossa, pertence a Deus e nós precisamos aprender a viver aquilo que Deus nos deu.”

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AMPARO AMIGO

Após retornar para Serra Talhada, Valéria e Bárbara Jakeline, que também estava passando pelo tratamento do câncer, viram a necessidade de apoio a pacientes oncológicos na cidade e fundaram em 2018 o Amparo Amigo, com o objetivo de ajudar pessoas com câncer, independente de idade, sexo ou tipo. ”A todos que estão passando por esse momento difícil quero fazer minha parte junto com equipe de mulheres voluntárias, ajudar e dar as mãos nesta luta. Tudo que passamos tem um propósito. E vou seguir em frente!!!”Para saber mais sobre o Projeto Amparo Amigo (clique aqui).

A história de Valéria, assim como a de muitas guerreiras que com muita fé e positividade enfrentam um diagnóstico, que muitos acham que é uma sentença de morte, um processo muito difícil para todo e qualquer ser humano mas, com o avanço da medicina e com fé, podemos ser alcançados por um milagre assim como ela. Basta confiar e enfrentar tudo acreditando na eficácia do tratamento e que Deus pode tudo.

”Venci sorrindo… em todo tempo!”