Foto: Isac Nóbrega/PR

Publicado às 07h10 deste domingo (4)

Por Giovanni Sá, editor-geral do Farol de Notícias

Passamos pelo o 1º de abril, o popular Dia da Mentira, com um festival de grandes verdades. Batemos o patamar de mais de 330 mil mortes pelo novo coronavírus no Brasil. Mas, isto é registro histórico, porque a história é o registro dos fatos. São os atos e atitudes que colocam no pódio ou na vala, seus personagens.

Foi assim, por exemplo, com Herodes, quando de uma forma insana, ordenou que seus soldados invadissem residências e enfiassem lâminas afiadas em todas as crianças primogênitas. Foi assim, no Holocausto, quando Hitler exterminou cerca de 6 milhões de vidas em campos de concentrações e torturas, durante a segunda grande guerra.

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Agora, a história projeta o presidente Jair Bolsonaro, que durante uma entrevista como deputado federal, declarou que “o voto não vai mudar nada no Brasil”. Só vai mudar infelizmente quando partirmos para uma guerra civil, fazendo um trabalho que o regime militar não fez. Matando uns 30 mil, começando com FHC, não vamos deixar ele pra fora, não”. Vão morrer alguns inocentes. Tudo bem. Em toda guerra, morrem inocentes. Eu até fico feliz se morrer, mas desde que vão 30 mil junto comigo. Fora isso, vai ficar no ‘nhenhenhem’”, afirmou, o então deputado Bolsonaro.

O Bolsonaro se tornou presidente da República, não morreram 30 mil, mas 330 mil vidas foram ceifadas, sem quase nenhuma reação do governo federal. Ou melhor, o ‘genocida’ agiu, sim, quando disse ‘ser apenas uma gripezinha’, e agiu pior que a lâmina afiada de Herodes, quando após 10 mil mortes pela covid, sapecou que ‘não era coveiro’. A ‘lâmina’ também feriu e matou quando o presidente disse que a doença era ‘coisa de maricas’, e por ai vai.

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Ele, Bolsonaro, já entrou para a história, mas pelas portas dos fundos. Ele sabe disso. Senão, como justificar a aplicação de Lei de Segurança Nacional, um excremento parido pelos militares, durante a ditadura, para perseguir e punir os críticos ao seu governo? Sem espada, o Brasil virou um enorme campo de concentração de dores, com mais de 330 mil mortes. Que Deus tenha piedade da alma do presidente, que já está morto, e nada tem para comemorar nesta Páscoa.

Um bom domingo a todos!