Fotos: Farol de Notícias/Max Rodrigues

Publicado às 13h30 desta quarta-feira (18)

Nesta quarta-feira (18), o Farol resgatou as memórias afetivas de Sônia Maria Pereira de Souza, 65 anos, professora aposentada atuante no município. Ela mora ao lado da Igreja Nossa Senhora da Penha, no Centro de Serra Talhada, há 18 anos, e desde da época da sua mãe, Eulália Pereira, também devota fervorosa da Virgem da Penha, acompanha toda a programação da Festa da Padroeira.

”Guardo recordações do sagrado e do profano: do novenário, das manifestações sinceras de fé, a suntuosidade da igreja e dos celebrantes, a chegada da Filarmônica e também a alegria e dedicação da minha mãe. A procissão é o momento culminante da festa quando os cânticos fluem com a expectativa do novo tempo e o condicionamento da fé. Na praça, os reencontros nas barracas, as conversas e recordações até mesmo o visual das roupas novas”, disse, continuando:

Veja também:   Aliados de Márcia e Sebastião já caminham juntos em ST

”Eu sinto muita saudade de tudo, principalmente da minha mãe que era tão devota, não perdia um novenário. É uma festa que reúne os conterrâneos, os presentes e ausentes, um momento de confraternização, alegria e tristeza porque sentimos saudades dos que já partiram, mas é a vida. Com a pandemia, estamos há 2 anos ausentes do contato com amigos e até da igreja porque passei 1 ano e 6 meses. Ano passado, participei do novenário todo online, foi doloroso porque nosso costume é de ir à igreja, mas o momento não permitiu.”.

A noite do dia 7 de setembro é uma das mais saudosas para a Professora Sônia, assim como para vários serra-talhadenses, visto que é a noite dos serra-talhadenses ausentes.  Segundo a professora, aguardavam o momento com muito prazer porque sabiam que reencontrariam os amigos na igreja e depois das orações e abraços, que eram permitidos, desciam para festejar nas barracas, comer bode assado e jogar conversa fora.

Veja também:   Colisão com viatura policial deixa jovem ferido em ST

”Eu falei com meus colegas que moram em Recife, Brasília e São Paulo e estão sentindo muito porque não poderem estar presentes nesse período da Festa da Penha. Mas, passando a pandemia, vai voltar tudo como era antes, sem medo, e a festa da Igreja com certeza será mais bonita. A expectativa é que ano que vem estejamos todos livres desse vírus que tem assolado tanto a humanidade”, finalizou esperançosa.