Por Paulo César Gomes, professor, escritor e pesquisador da história serra-talhadense / Foto: Arquivo Farol de Notícias

O prefeito Luciano Duque é o típico político que pode se dizer que nasceu “virado para a lua”.  Foi eleito com o apoio de um prefeito que possuía mais de 80% de aprovação e reeleito enfrentado dois jovens iniciantes na política, após ter convivido sem oposição por quatro anos.

Ainda conta o favor da sua maré de sorte, o fato de ser pela terceira vez, em menos de quatro anos, anfitrião de um Presidente da República, o que lhe coloca mais uma vez em evidência em toda a imprensa nacional.

A grande questão é que Luciano não faz uma gestão acima da média e que venha a merecer tanto reconhecimento e afagos de gente tão importante. O grande diferencial sem dúvidas é o fato dele ser do Partido dos Trabalhadores. Se Dilma veio duas vezes à cidade e Michel Temer está a caminho, uma das razões principais é que Duque é petista.

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No entanto, o prefeito parece não dar muita bola para o seu partido, pois já disse que não morre de amores pelo PT e não participou do último encontro regional da legenda, realizado em Serra Talhada, porque preferiu privilegiar a sua agenda política, que incluía casamento e batizados. Sem contar que ele reduziu as secretarias gerenciadas pelo PT e ainda não nomeou petistas para o seu primeiro escalão.

Diante da força de Duque e para não arranhar a imagem do seu “pupilo”, o PT cala-se frente à visita do “golpista” Michel Temer, tanto a nível nacional, como regional. De quebra ainda coloca mordaças no MST, Fetape e CUT, além de outros movimentos sociais que foram as ruas dizer: “Temer é golpista!” ou “Fora Temer”.

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Luciano Duque pode até não ter nascido com uma estrela na testa, mas temos que reconhecer que ele é a estrela de um partido que perdeu sua personalidade e ideologia. A verdade é que Duque colocou o PT e suas estrelas no bolso e a ausência de manifestações durante a visita de Temer prova isso.