Há cerca de dez dias que as águas do rio São Francisco não chegam às torneiras de Serra Talhada. As informações são da própria Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), que mesmo não sendo a responsável pela construção da Adutora do Pajeú, que capta água do rio no município de Floresta, será a responsável pela distribuição da água na cidade.

O não funcionamento da Adutora do Pajeú vai de encontro ao discurso ufanista do Governo Federal. Na semana passada, a própria presidente Dilma Roussef chegou a declarar que os moradores de Serra Talhada teriam saido da situação de colapso quanto ao abasteciemento. O FAROL apurou que vários problemas rondam a adutora e tem preocupado os técnicos da construtora Rocha. Entre eles, os vazamentos que se multiplicam todas às vezes que se realiza o bombeamento até a Estação de Tratamento (ETA) em Serra Talhada. Quando as duas bombas funcionam ao mesmo tempo, os canos não suportam a pressão da água.

Um outro problema envolve a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) e o Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs). A Chesf alerta sobre o risco da tubulação de aço estar passando abaixo de uma rede de alta tensão e pode pedir o embargo da obra.