Publicado às 05h desta segunda-feira (1)

Por Giovanni Sá, editor-geral do Farol de Noticias

Imagem ilustrativa

Em março desde ano, logo após eclodir a epidemia da Covid-19, e em pleno curso do isolamento social, um grupo de pessoas em Serra Talhada agiu para tentar quebrar o decreto estadual, anunciando, via redes sociais, uma carreata pelas principais ruas do Centro como forma de pressionar a reabertura do comércio. Na época, o ato surgiu após fala do presidente Bolsonaro que disse tudo não passar de uma ‘gripezinha’.

A ‘carreata da morte’, como foi batizada, só não funcionou porque a polícia militar agiu, de forma preventiva, fechando a praça Sérgio Magalhães, onde seria o final do ato. Logo em seguida, em uma live, o Delegado de Polícia, Cley Anderson Rodrigues, mandou o recado: “A Polícia Civil, que não parou de trabalhar, já está investigando de onde partiu este movimento que vai de encontro a lei. Houve uma incitação para um movimento de carreata e quero deixar claro que haverá punição”, declarou.

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A ‘carreata da morte’ também provocou reação do próprio Juiz da Comarca, Marcus César Gadelha.  “Não podemos calar. Constitui crime de desobediência”, reforçou o magistrado.

Passados dois meses, a sociedade ainda não tem respostas sobre o desfecho da investigação. É obvio que a Polícia Civil está com sobrecarga de trabalho e com pouca estrutura funcional, mas já temos mais de 100 pessoas infectadas em Serra Talhada, três óbitos, e um movimento crescente de pressão para reabertura do comércio.

Se faz necessário apontar o ‘ovo da serpente’ em Serra Talhada, uma vez que os movimentos do presidente da República, Jair Bolsonaro, tendem a espalhar, pelo Brasil, sinais de desrespeito e enfrentamento a ordem vigente. É só uma opinião, enquanto ainda posso exercer meu livre direito de expressão.