Publicado às 04h desta quarta-feira (11)

O Deputado Federal Daniel Coelho (Cidadania) que recentemente visitou Serra Talhada e alocou várias emendas para o município, foi o entrevistado do programa Falando Francamente, na TV Farol, nessa terça-feira (10). Em meio ao frenesi da Câmara Federal, o pernambucano conversou com os comunicadores Paulo César Gomes e Giovanni Sá, horas antes da votação da Proposta de Emenda a Constituição (PEC) do Voto Impresso, que foi derrotada nessa terça. Na oportunidade, o deputado foi provocado a comentar o espetáculo bélico montado pelo presidente Jair Bolsonaro, onde vários tanques de guerra desfilaram em Brasília, antes da votação da PEC.

“Esse fetiche por tanque, por fuzil, isso é coisa de quem tem insegurança sexual, o cara que é inseguro da própria sexualidade, ai ele tem fetiche por tanque, por blindados, porque um homem seguro de si ele não precisa disso, não se impõe através de uma blindagem, tranquilamente se impõe pelos argumentos, se impõe pela confiança que passa, pra mim isso é demonstração de fraqueza, de medo e de insegurança, principalmente. Nesse dia tentaram fazer uma demostração, foi bem acanhado o desfile, se a tentativa era mostrar força, mostrou um potencial relativamente pequeno, equipamentos obsoletos para imagem nacional, além de ter pegado muito mal a forma e o momento”, comentou Daniel Coelho.

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DERROTA DO VOTO IMPRESSO

Ainda durante a entrevista, Coelho ‘cantou a bola’ da derrota da PEC do Voto Impresso, que precisava de 308 votos e teve apenas 229, uma derrota pessoal do presidente Bolsonaro. À TV Farol, Daniel Coelho explicitou a proposta, que ao contrário do que se pregava, previa, sim; o processo de contagem manual.

“Já a votação do que chamam de voto impresso ou de voto auditável, nenhum brasileiro é contra a transparência, todo mundo quer transparência, todo mundo quer mais segurança na eleição, agora essa PEC que está proposta ela não traz transparência estava descrito no relatório que foi derrotado na comissão especial que todos os 150 milhões de votos dos brasileiros teriam que ser contados manualmente dentro das seções, eu não tenho idade para ter participado, mas acompanhava política desde criança, eu me lembro de como tinha fraude na contagem de voto contado no papel, quem quer transparência não pode defender contagem manual de cédula, imagina como controlar mais de 5 mil cidades, milhares e milhares de seções, controlar o ser humano manuseando essas cédulas e fazendo a contagem manual. O que estão querendo é contagem manual paralela a eletrônica, isso é uma loucura, você não vai auditar sua conta contando papel, você faz sua auditoria de banco pelos registros eletrônicos, não é por amostragem, é por totalidade até que ela é insustentável na sua origem”.

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ELEIÇÃO SERÁ LIMPA

O deputado também rebateu os argumentos do presidente Jair Bolsonaro, que insiste em pregar que, com a derrota da PEC, não haverá eleição limpa no Brasil.

“A PEC deve ser derrotada acho que com uma votação grande contrária, o que a gente espera na verdade é que as instituições democráticas do País se imponham e deixem bem claro que vai ter eleição e que nós não vamos de forma alguma atuar sob intimidação, essa coisa de “ah, o povo tá vendo, se não votar não vai ter voto”, isso não pode alterar a opinião de um homem público que tem compromisso de estado, perder ou ganhar eleição faz parte do processo, fazer coisa errada para ganhar voto é o papel do populista, do populista barato que pouco compromisso tem com o país e com a democracia, uma parcela da sociedade está convencida sobre o voto impresso, é lamentável, foi enganada pelos vídeos que circulam pelo WhatsApp sem nenhum deles explicitar o que está no texto. Então é indefensável e acredito eu que vai ser derrotado com uma grande margem de votos, realmente ficando apenas ao lado dessa posição quem quer fazer populismo perante a parcela do eleitor sem nenhum compromisso com o resultado, porque acho que nem o eleitor e o cidadão está defendendo hoje o voto impresso e entendeu que se aprovado, vai haver contagem manual de todas as cédulas de votos depois da votação, isso não é opinião, está escrito de forma explícita no texto do relatório”, finalizou.