Fotos: Farol de Notícias / Max Rodrigues

Publicado às  03h58 desta quarta-feira (22)

Após o trágico feminicídio de Márcia Daniele de Lima Silva, 27 anos, cometido pelo seu ex-marido Luiz Pereira de Oliveira, 50 anos, que invadiu sua casa, no bairro Vila Bela, em Serra Talhada, e a matou com golpes de faca peixeira, a família da jovem pretende entrar com uma ação na Justiça contra o Sistema Carcerário de Pernambuco.

Luiz de Oliveira estava preso há três meses no Presídio de Salgueiro, após ser pego em flagrante torturando a sua ex-companheira, e já estava há pelo menos duas semanas trabalhando na reforma da Cadeia Pública de Serra Talhada.

Em entrevista exclusiva ao FAROL DE NOTÍCIAS, o pai de Márcia Daniele, José Maria Pereira da Silva, 48 anos, tratador de animais da UFRPE/Uast, comentou a perda da filha em tom emocionado.

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“Realmente, foi uma perca muito grande, é difícil. Ela era uma pessoa muito querida, todos nós gostávamos dela, como um pai e uma mãe gostam de um filho. É muito difícil. O problema é o caso dela, ele tava prisioneiro e lamentavelmente. Não sei como, dizem que fugiu, mas eu acredito que não”, comentou o pai, justificando com fatos que ouviu sobre o assassino de sua filha:

“Ele (Luiz de Oliveira) tava prestando serviço, mas viram ele várias vezes do lado de fora da cadeia. Eu não posso dizer detalhadamente, mas como é que a pessoa está presa, prestando um serviço e tem essa liberdade? Ele tava era solto, trabalhando de cozinheiro, tinha acesso as chaves de lá! Muita gente viu ele do lado de fora, mas não sei se estava acompanhado de algum agente”.

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José Maria ratificou que alguma providência precisa ser tomada antes que outras mulheres também acabem sendo vítima da impunidade.

“Eu tô pretendendo fazer isso, não é por causa de dinheiro, não. Porque aconteceu o fato que aconteceu. Será que vai ser só ela, que Deus o livre, que não aconteça com mais ninguém. Nesse momento, é até difícil, porque se for desse jeito todo mundo vai querer entrar em um presídio, para depois ir trabalhar e ficar do lado de fora. Eu acho que não tem assistência de ter um guarda, um segurança. Eu acredito que seja responsabilidade do Estado, será que não tem competência o Estado? Eu acho que eles tinham certeza que ele não estava com algum problema, se não tinham encaminhado para algum psiquiatra ou psicólogo. Eles tinham toda ciência do que ele era capaz”, finalizou.

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