Tereza Vieira dos Santos, aos 95 anos de idade surpreende a todos com sua força ao vencer a Covid-19. Por volta de um mês começou a apresentar um quadro de infecção respiratória. No dia do seu aniversário, os familiares perceberam sintomas gripais. Ao levarem Dona Tereza para ser consultada, foi diagnosticada com pneumonia. O atendimento ocorreu na Unidade de Saúde do Mutirão. Mesmo medicada, Dona Tereza não melhorava.

A preocupação da família só aumentava e decidiu levá-la ao Hospam. Foi nesse momento que a preocupação aumentou, pois ao chegar no hospital e ser realizado o teste de Covid, o resultado foi positivo. O neto de Dona Tereza, Murilo Lima Teles, ressaltou que ela tomou todas as doses da vacina contra o vírus da Covid-19. O sentimento naquele momento foi de muita preocupação para todos. Seu neto, fala ainda do sentimento que os envolvia naquele momento.

“A gente não teve dúvida em relação a correr o risco de deixá-la no leito hospitalar e não ver mais ela, né? Achar que ela não ia voltar com vida, né? Isso era o nosso maior medo, da família inteira, era unânime como todo mundo pensava igual. Mas chegando ao hospital, a equipe médica conversou com a gente de forma bem clara, e Geraldo aqui, que é o filho caçula, tomou a decisão pela família, conversou com a família: ‘A gente vai internar a mãe porque a situação respiratória dela não está em condições de permanecer em casa e ainda mais com o teste positivo de Covid”.

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ESTADO GRAVE

“Ela só piorando”, disse o médico, sobre Dona Tereza. “Ela realmente estava numa situação bem grave, o médico não poupou detalhes”, lembrou Murilo. “A Dona Tereza, ela está grave, infelizmente a indicação da gente é internar’. A sensação da família era de que nunca mais a gente ia ver nossa avó viva, né? A gente tinha fé, mas ela estava com quadro tão grave assim”.

O conforto começou quando receberam o acolhimento do Hospam, que após o internamento passou a dar boas notícias sobre a recuperação de Dona Tereza. Ela passou 11 dias na UTI, e após isso recebeu alta. Para Murilo Teles, uma vitória vencida por uma guerreira: “Foi um milagre”, disse. “Tão complicado que a gente realmente, assim meio que, se despediu dela quando ela saiu de casa, mas chegando ao hospital o pessoal a acolheu de forma muito profissional”.

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“A gente só tem a agradecer a toda equipe de médico, de enfermeiro. A gente fez até um pedido especial, que ela permanecesse lá no Hospam, né? Porque a gente, assim, não falando mal do Eduardo Campos, mas eu acho que é o local mais pesado, a gente ficou muito receoso com essa possibilidade, então, eles disseram: ‘Não, Dona Teresa vai ficar aqui no Hospam’. Eles tinham certeza que ela ia ficar boa, eu achei muito bacana isso neles, muito legal a forma que a gente foi atendido lá. Com 2, 3 dias de internamento na UTI já começamos a ouvir notícia boa, que ela estava reagindo”, disse Murilo.

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PARENTESCO COM CANGACEIRO 

Dona Tereza passou sua infância, adolescência e boa parte da sua vida na Fazenda Xique Xique de Serra Talhada. Ainda criança começou a trabalhar na roça. Atualmente, mora na zona urbana devido a sua idade, pois assim, toda a família tem como dar maior assistência. Aos 95 anos conversa como se tivesse 60. Mãe de 13 filhos, dois já faleceram, hoje, com mais de 100 netos, bisnetos e tataranetos, ela é ainda sobrinha legítima de cangaceiro.

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“Minha avó é sobrinha legítima dele. Vó, quando adolescente, acompanhou de perto essa rotina, inclusive, tem histórias que ela conta que teve que levar almoço para eles, em algum local que eles estavam acampados. A história do tio Zabelê, se você for no livro, no Museu do Cangaço, ele trata toda a história do Zabelê. A filha de Zabelê, que faleceu tem uns 15 anos, tia da minha avó, é a protagonista do livro”, contou o neto Murilo, cheio de orgulho da avô.

Família de Dona Tereza prestigia a vitória da matriarca sobre a Covid