Publicado às 18h16 desta quarta-feira (7)

Na última segunda-feira (5) completou quatro anos do feminicídio da jovem Jovinalda Adriely Targino de Souza (foto), 18 anos, moradora da Travessa Bela Vista, no bairro Bom Jesus, assassinada com dois tiros na cabeça pelo ex-companheiro e pai de seus dois filhos.

O crime ocorreu no dia 5 de outubro de 2014, o ano que mais registrou crimes contra as serra-talhadenses – 388 casos denunciados na Delegacia de Polícia local – desde a implantação das políticas de prevenção e combate a violência contra a mulher na cidade [acesse aqui].

Em contato com o Farol de Notícias, uma de suas amigas, Luisa Luana Souza, operadora de caixa, moradora do bairro Bom Jesus, relembrou o caso e ratificou a impunidade do suspeito, que continua foragido da Justiça.

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“Quatro anos se passaram da tragédia que vitimou uma amiga, uma mãe, uma filha, uma irmã. Nós queremos Justiça, que esse caso da morte de Adriely Targino não seja esquecido. São quatro anos que uma mãe chora pela a morte da filha, que dois filhos ficaram sem sua mãe. Farol de Notícias nos ajude a colocar esse caso para ser resolvido, que o assassino dela seja preso. O nome dele é Joel Lima Almeida. Queremos Justiça pela morte de Adriely Targino“.

RELEMBRE O CASO

De acordo com a Polícia Militar, na época, o feminicídio ocorreu por volta das 21h15, foram feitas diligências nas proximidades do local do crime e na cidade, mas o suspeito não foi encontrado.

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A morte de Adriely Targino ficou conhecida na cidade através do debate da necessidade do Instituto Médico Legal em Serra Talhada, pois após a trágica morte, seu corpo ficou por cerca de 12 horas no Necrotério do Hospital Regional Professor Agamenon Magalhães (Hospam) aguardando o encaminhamento para o IML de Caruaru.

Após muita dor e espera da família, uma ação conjunta que envolveu a pressão da imprensa, o apoio do vereador Dedinha Inácio e do Corpo de Bombeiros, além do Hospam e delegado de polícia, Washington Monteiro, o corpo foi liberado.

O deputado estadual Augusto César também levou a pauta do IML em Serra Talhada para a tribuna da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Quatro anos depois o assunto caiu no esquecimento da sociedade dos representantes políticos da cidade.

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