Publicado às 03h50 desta quarta-feira (4)

O secretário de Obras de Serra Talhada, e pré-candidato pelo PT em 2020 à Prefeitura, Cristiano Menezes lançou um desafio ao advogado André Tadeu da Mota, que conseguiu na Justiça diminuir os salários do prefeito Luciano Duque, do vice Márcio Oliveira e da equipe de secretários de governo. A decisão que atingiu diretamente o alto escalão do governo causou polêmica e foi divulgada em agosto passado [relembre aqui].

Falando em entrevista à rádio Cultura FM, na semana passada, Cristiano afirmou que Mota deveria passar alguns dias em Serra Talhada para ver o quanto dá trabalho assumir uma pasta com tantas responsabilidades. E que, por essas e outras, os R$ 7.500 pagos ao secretariado municipal é razoável pelo volume de atividades que se tem de fazer.

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“Falando em dinheiro… Houve a ação [judicial] para diminuir os salários de prefeito, vice-prefeito e secretários né. Eu nem sei [como de fato ficou a história]. Em outra rádio eu cheguei a convidar o advogado [que assina a ação] a participar de uma semana na Secretaria de Obras, dois dias na Secretaria de Educação, de Saúde, de Desenvolvimento Social e Econômico, Esportes… [convidei para ele] andar no governo todinho. E depois dele fazer essa peregrinação, ainda entender que é necessário a redução dos salários? [salários] que estão desde 2013 os mesmos? Aí infelizmente não tenho o que dizer. Aí fica para os advogados da Prefeitura dizer se a gente está lascado ou não [risos]”.

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SAIBA MAIS

O advogado natural de Caruaru, no Agreste, André Tadeu da Mota Florêncio [conheça seu perfil], entrou na Justiça com o intuito de reduzir os salários dos políticos da Capital do Xaxado e, por incrível que pareça, conseguiu. O feito conseguiu baixar de robustos R$ 17 mil (prefeito) para R$ 12 mil, R$ 8.500 (vice-prefeito) para R$ 6 mil; e R$ 7.500 (secretários) para R$ 3.600. A sentença foi confirmada pelo juiz da 2ª Vara Cível de Serra Talhada, José Anastácio Guimarães Figueiredo Correia.

Em seu julgamento, o magistrado determinou a suspensão imediata do pagamento do aumento salarial, concedido em 2012, sob pena de responsabilidade pessoal do prefeito Luciano Duque e o risco de multa de R$ 20 mil após cada pagamento realizado em descompasso com a decisão. Ainda, na apreciação, o magistrado declara a nulidade da Leis Municipais nº 299/2016, 179/2012 e 175/2012, que legitimam o aumento, com base na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

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