Fotos: Farol de Notícias/Max Rodrigues

Publicado às 04h40 desta sexta-feira (12)

Segundo o Art. 20, inciso III, da Constituição Federal, “os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio”, são bens da União. No entanto, há décadas, o leito do Rio Pajeú vem sendo utilizado de forma ilegal e predatória como propriedade privada.

Surpreendentemente, o Pajeú mostrou, em março deste ano, que ainda está vivo e em poucas horas  derrubou dezenas de cercas de arame farpado que loteavam o leito do rio em Serra Talhada.

Mas apesar da reação da natureza, a velha prática de crime ambiental e de âmbito federal, já dá sinais de que será retomado. Após denúncia de populares, a reportagem do Farol, flagrou na manhã desta quinta-feira (11), homens plantando capim para alimentar animais em pleno leito do rio, próximo a ponte que ligo o centro da cidade ao bairro da Caxixola.

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Vale registrar, que durante a enchente, um cavalo morreu afogado porque estava amarrado, justamente nas imediações da ponte onde está ocorrendo o plantio do capim.

BANCOS DE AREIA E A PEDRA DO CURTUME

A recente enchente do Pajeú fez ressurgir duas situações há tempos extintas do cenário de quem passa pela ponte da Caxixola. A primeira foi aparição de bancos de areias, um elemento muito comum durante décadas no leito do rio, mas que foi ilegalmente comercializado, o que permitiu a proliferação de algarobas dentro e nas margens.

Outro ponto bastante popular e que a muito não se via era a ‘pedra do curtume’, que foi literalmente engolida pelas algarobas. A pedra do curtume era o local preferido da juventude os anos 50, 60, 70 e 80, do século passado, para tomar banho e praticar peripécias.

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Tanto a aparição da pedra curtume, como a dos bancos de areias, dão a sensação de que a natureza está dando uma oportunidade para Serra Talhada apreciar, valorizar e preservar as belezas icônicas existente no Rio Pajeú.