Publicado às 13h35 desta sexta-feira (28)

Por Adriano Pádua, especial para o Farol

Ao deixar Serra Talhada, no sertão de Pernambuco, para estudar em Recife, o agora engenheiro biomédico Paulo Gregory Torres, 24 anos, trazia na bagagem o aprendizado na escola pública onde estudou e o sonho de construir um futuro profissional.

Filho de um caminhoneiro e de uma vendedora do comércio, ele foi o único aluno de escola pública da sua turma de Engenharia Biomédica da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) onde acaba de se formar.

Durante três anos decisivos da sua vida em Recife, Paulo contou com a assistência da Casa do Estudante de Pernambuco (CEP).

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Quando chegou ao Recife, encontrou na Casa do Estudante de Pernambuco (CEP) o apoio que precisava para investir na realização do sonho, passando a receber toda assistência da Instituição. A Casa para ele “foi tudo praticamente, ofereceu alimentação e espaço onde eu podia estudar e ofereceu lazer também. Foi a minha casa fora de casa. Apesar de ser sócio externo passava o dia na CEP” conta o agora engenheiro biomédico.

Na reta final do curso, Paulo se dedicava às aulas e ao estágio na empresa Ebem & Tecsaude, a maior prestadora de engenharia clínica do país. Com o seu desempenho, a empresa o contratou para atuar na unidade de Manaus onde passa a morar a partir de julho de 2019. “O que eu digo para outros estudantes é que nunca desistam. Persistam sempre. Apesar das dificuldades, é possível” aconselha o engenheiro.

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FAMÍLIA

Paulo é o segundo de uma família com dois filhos a se formar pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) onde o irmão dele se formou em odontologia. Quem teve um papel fundamental na trajetória dos dois foi a mãe deles, a vendedora Girleide Pereira Torres. Juntos, eles enfrentaram todos os desafios em nome da educação e da construção de um futuro.

“Estou muito orgulhosa, sem palavras. Eu sei que não foi fácil sair do interior e vir para a capital com uma condição financeira que não era tão boa. É um sentimento de orgulho imenso. A CEP ajudou bastante porque eu tinha que manter dois filhos numa capital. Sou muito grata” ressalta Girleide.

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