Fotos: Farol de Notícias;Max Rodrigues

Publicado às 05h30 desta segunda-feira (5)

A vida da feirante Maria Zuleide Amaral, 55 anos, mudou por completo em questão de minutos na noite do último sábado (3), quando um incêndio tomou conta de parte do Pátio da Feira, no Centro de Serra Talhada, e destruiu alguns barracos. Entre os quais, o de Zuleide Amaral, que negocia no local desde 1984, sofreu com a enchente há cerca de um ano, onde quase perdeu tudo, e novamente passa pelo mesmo drama. Agora a perda foi total. Segundo ela, os prejuízos ultrapassam R$ 100 mil.

Nesse domingo (4) a reportagem do Farol foi até o Centro e conversou com a feirante, que detalhou o acidente. Ela negocia com sacolas e temperos, entre outros, e terá que recomeçar do zero.

“Quando aconteceu eu não estava aqui, estava viajando. A gente costuma fechar nesse horário. Uma funcionária da prefeitura contou que antes das 3 da tarde estavam varrendo, quando sentiu um mal cheiro, algo queimando, comunicou a um dos guardas, e ele simplesmente disse que devia ser uns pneus que estavam sendo queimados fora. Quando se queima lixo fora, entra o mau cheiro para feira livre. Isso foi antes das 3 da tarde. Eu acho que se as pessoas de fora estavam sentindo este mau cheiro, devia ter sido melhor averiguado pelos guardas, que são os principais responsáveis pela segurança do local. Ninguém tomou providência, e antes das sete da noite o fogo estava se alastrando em alta proporção. Um colega me disse que ligaram para os bombeiros antes das 19 horas, e chegaram depois das 20 horas. Vieram com um carro só, a água local acabou. Se não fosse os meus amigos feirantes, que invadiram a barreira policial, e arrombaram  porta do barraco. Os amigos chegaram para ajudar. Quero agradecer a todos eles”, reforçou.

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FÉ EM DEUS

Mas durante a entrevista, Zuleide Amaral demonstrou muita confiança que dará a ‘volta por cima’ e acredita que a sua fé em Deus vai ajudar a vencer as dificuldades. Ela também informou que há uma mobilização dos amigos com a criação de uma vaquinha online.

“Estamos fazendo uma vaquinha online porque toda a mercadoria que tinha lá, não está paga. Tenho que pagar aos fornecedores para pegar mais. Os colegas da feira comentaram em fazer uma rifa. Eu creio que tudo vai se resolver. A gente se preocupa, mas tenho muita fé em Deus. A minha vida e meu comércio está tudo no controle de Deus. Esta perda foi muito grande, mas sei que Deus não vai me desamparar. Há um ano perdi quase tudo com a enchente, mas estou tranquila porque sei que Deus vai me abençoar. A minha preocupação maior foi com meus filhos que estavam lá, por isso que vim. Não tinha mais o que fazer com o comércio. Vou continuar a luta. Recentemente dei mais de R$ 50 mil em cheques, que eles precisam ser cobertos e não sei como, porque a mercadoria que comprei estava toda lá, junto com outro estoque que já tinha. Se for avaliar, perdi mais de R$ 100 mil em mercadoria. Sacola é muito cara. Preciso continuar comprando, porque se eu parar de comprar, não tenho como apurar o dinheiro para pagar os cheques que já dei”, disse, reforçando:

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“A expectativa da gente é que a prefeitura vai ajudar. Falaram que a gestão é outra e mandaram uma equipe para ver em que podia ajudar. A prefeita {Márcia Conrado] não veio, porque estava viajando, mas acredito que vão nos ajudar”.

COMO AJUDAR

Os interessados podem ajudar através do PIX 443.143.454-20 (CPF)- ou pela conta corrente Bradesco- Agência 0586 Conta- 13900-9