Publicado às 10h22 desta terça-feira (28)

No dia 23 de julho familiares do idoso Egidio Alves de Sá Carvalho (foto), 79 anos, que residia na zona rural de Serra Talhada, viveram um drama que só teve o capítulo final nessa segunda-feira (28).

Após sua morte, na unidade respiratória do Hospital Agamenon Magalhães (Hospam), a direção do hospital anunciou que, após teste rápido, o idoso poderia ter morrido infectado pelo novo coronavírus. Mas os familiares não ficaram convencidos, e se revoltaram.

“Ele não morreu por covid-19, mas foi vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Isto está escrito no atestado de óbito. Meu tio tinha câncer e outra doenças, e foi internado na ala de covid do Hospam, mas não morreu disso. É bom que fique claro que o teste rápido foi feito após a sua morte”, desabafou Valtênia Gomes da Silva, 42 anos, sobrinha do idoso.

Nessa segunda-feira, Valtênia Gomes enviou a redação do Farol a imagem do resultado do exame swab, que deu negativo para a covid-19.

“Eu sei que está todo mundo vivendo um momento muito tenso, com esta doença, o medo é muito grande, mas quantas e quantas pessoas estão sendo enterradas dizendo que foi desta doença (covid-19) sem ser. Tem que ver isso direitinho. Chegamos na Casa de Saúde São Vicente, naquele dia, e não queriam sequer atendê-lo, porque estava com falta de ar. Mas o meu tio estava com pneumonia, por isso a falta de ar. Quantas pessoas estão sendo enterradas sem se despedir. É muita humilhação”, lamentou.