Publicado às 05h54 desta quarta-feira (17)

Após nota do Padre Américo, da Paróquia da Penha, em Serra Talhada, rebatendo o projeto da bancada evangélica na Câmara,que deseja os templos abertos nos finais de semana (relembre aqui), o vereador Gin Oliveira, líder do governo Márcia Conrado, e um os autores do projeto, rebate o padre e defende o seu ponto de vista. Leia abaixo.

Nota Pública do Vereador Gin Oliveira

“Quando me pronuncio diante da Casa Legislativa, tenho em mente que não falo sobre o interesse de um grupo, tampouco sobre interesse particular. Falo mediante a vontade de um povo, que é formado de diversos grupos, quer sejam religiosos ou não.

Decidi levar a causa das confissões religiosas não em nome da minha confissão de fé, mas de todos aqueles que tive contato e me expuseram a necessidade de terem suas atividades religiosas realizadas. Posso fazer isso levando a causa da classe empresarial também, por exemplo. Não é o meu grupo, mas é um grupo que precisa de voz.

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Em um grupo, nem todo pensamento é homogêneo, as pessoas possuem a liberdade de concordar ou não. Se um dia mencionei sobre o anseio do retorno do exercício litúrgico, foi mediante a vontade do líder religioso e não com caráter de obrigatoriedade.

Compreendo que determinadas igrejas, centros ou grupos escolheram não retornarem, caso isso seja possível. Contudo, eles não respondem pelo todo. Há uma parcela significativa de fiéis que gostariam e cooperam de forma incisiva com os protocolos de segurança para que os cultos aconteçam.

Não cabe a um líder religioso decidir como será ou como deve ser feita a celebração religiosa. Este responde tão somente pelo grupo religioso em que ele representa.

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Aos líderes que desejam que os cultos retornem, estes não se mostram intransigentes quanto à possibilidade da suspensão dos cultos públicos, onde inclusive, há um ano, cooperaram massivamente acatando as determinações e orientações dos poderes públicos.

Aqui, não cabe discussões teológicas quanto ao nível de importância do templo e do ajuntamento de irmãos, devido as opiniões diversas. O que jamais farei será tomar a posição de um líder como plena e desconsiderar outra parte significativa, que cooperou no início do lockdown e mostrou que, no contexto atual, a restrição absoluta às reuniões presenciais de igrejas e templos de qualquer culto, não se mostram eficazes.

O projeto não menciona abrir os templos e “enchê-los” de fiéis. Há uma estrutura metódica para ser cumprida pelos líderes quanto à obrigatoriedade do uso dos protocolos de segurança, quanto à capacidade máxima do número de pessoas e aos grupos, conforme suas necessidades.

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Atenciosamente,
Gin Oliveira