Revista Forum

Uma perícia realizada em documentos do “setor de operações estruturadas” da Odebrecht apontam que tais provas podem ter sido adulteradas com o objetivo de incriminar o ex-presidente Lula. O laudo, realizado pela defesa de Lula e reconhecida por membros da Polícia Federal, foi incluído pela defesa do ex-presidente em processo nesta quarta-feira (26/2).

Segundo o relatório, os documentos ficaram em posse da direção da empreiteira cerca de um ano antes de serem enviados para a justiça. A defesa aponta que foi neste momento em que ocorreu a adulteração .

Os dados só foram entregues às autoridades após a empresa assinar acordo de leniência com o Ministério Público.

“A imperícia do Ministério Público Federal, satisfazendo-se com o recebimento do material entregue pela Odebrecht, extrapolou a falta de atenção às normas e procedimentos necessários para assegurar a idoneidade das mídias pretendidas como prova na acusação”, diz o laudo conduzido por Cláudio Wagner.

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Roberto Brunori Junior e Aldemar Maia Neto, peritos criminais da PF, tiveram acesso ao material em reunião realizada com Wagner e reconheceram que os arquivos “gerados pela Odebrecht” possuem “datas posteriores às apreensões” do material.

“Agora só um parêntese aqui, já que está gravando, um parêntese, de cabeça, lembrando, não é certeza, a Odebrecht recebeu [os documentos] da autoridade suíça e ela abriu isso, e mexeu nisso, durante muito tempo ficou com isso lá”, afirmou Brunori.