Foto: Josi Souza/Farol de Notícias

Publicado às 04h58 desta quinta-feira (2)

A dona de casa Célia Novaes, 62 anos, católica praticante abriu o seu coração para falar das memórias que guarda da Festa da Penha, em Serra Talhada. Memórias estas de muita alegria e saudades do ”vuco vuco” da Praça Sérgio Magalhães nas noites de 7 de setembro. Mas, também compartilhou uma lembrança de uma experiência nada positiva durante os festejos além do susto na famosa noite do bode.

”Desde que me entendi de gente que participo da festa, tanto da religiosa, principalmente da religiosa,  quanto da de rua, mas a de rua era menos porque minha mãe não deixava. Assistia às novenas, acompanhava a procissão e tenho várias lembranças, cada dia foi muito emocionante e sinto falta de tudo, das novenas, dos parques. O dia mais marcante sempre era dia 7, aquele ‘vuco vuco’ na Praça Sérgio Magalhães que você mal podia andar e isso era muito marcante, eu gostava e sinto falta. Quando eu saia da novena não tinha como, se eu queria ficar mais na praça tinha que ir para o vuco vuco”, disse Célia Novaes.

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A saudade da Festa de Setembro de Dona Célia já existia antes mesmo da pandemia, pois esteve ausente dos festejos da Penha durante 24 anos porque foi morar em Recife e como trabalhava não podia vir. Regressou a sua terra em 2017, em 2018 e 2019  acompanhou toda a programação religiosa e as apresentações do Polo da Praça Sérgio Magalhães e também está assistindo aos novenários deste ano presencialmente. Ela ainda dividiu a angústia que viveu numa roda-gigante durante um episódio que por pouco não terminou em tragédia.

”Além da história do bode, uma coisa que houve com um bode na festa e disseram que era uma briga que tinham matado num sei quem e foi o povo tudo correndo. Eu estava na porta da lanchonete de Morumbi, com meu esposo e uma amiga, esperando o marido dela, e quando saiu o negócio do bode foi um susto grande. Outro fato foi com a roda-gigante, eu gostava muito, mas tinha medo, como sou muito de desafiar meus medos, um dia eu fui. Eu tenho medo de altura, mas mesmo com medo eu vou. Eu sempre tive cabelo grande e meu cabelo voou e enrolou na cadeira da roda-gigante, eu gritei e a sorte é que era próximo da base, mas foi preciso cortar para tirar, isso mais ou menos em 1979, a sorte é que foi próximo. O resto foi só emoção, coisas boas”, relembrou Célia Novaes.

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