Fotos: Celso Garcia/Farol de Notícias

Publicado às 21h desta sexta-feira (13)

Na “sexta-feira 13” pessoas costumam associar a data à superstições de assombração. Além da sexta-feira ser um dia religiosamente emblemático, devido à crucificação de Jesus, temos a associação ao número 13, considerado de azar. A data supersticiosa se popularizou através de um financista americano Thomas W. Lawson, no século 19, com a publicação do livro Sexta-feira 13, que narra uma história sombria.

Além das várias superstições que as pessoas têm é comum o medo dos famigerados mal assombros, sendo o cemitério um dos espaços mais temidos, sobretudo na sexta-feira (13). Por isso, a Reportagem do Farol arriscou garimpar histórias de mistérios envolvendo essa data, no Cemitério Municipal de Serra Talhada. Para isso contamos com a colaboração de alguns funcionários de lá, como os coveiros, por exemplo. Confira os depoimentos!

DEPOIMENTOS DE MISTÉRIOS NO CEMITÉRIO DE SERRA TALHADA 

Raimundo Gomes da Silva, 68 anos, administrador do cemitério, onde trabalha há 17 anos aguarda se deparar com uma nova aparição para ”partir para cima'”. Ele conta que vê uma mulher de branco dentro do cemitério.

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”Um dia passou uma mulher, eu olhando para ela, e ela não falava com ninguém, ia descendo. Quando eu cheguei no portão que olhei não vi mais ninguém, ela entrou no outro cemitério. Eu pensei, vou correr e caçar ela, mas quando fui atrás não vi mais nada. Outro dia, já ia fechar também o cemitério e tinha uma mulher subindo bem ligeiro, eu disse aos meninos: ‘vão andando que eu vou avisar a essa mulher que já vou fechar o cemitério’. Até pensei assim: agora do dia que eu vê de novo eu parto para cima e vou descobrir o que é, mas não vi mais. Não tenho medo, ando com um cacete na mão, mas é por causa dos vivos que fuma droga por aqui. Mas, tem gente que é assombrado demais, quando veem até os noiados correm pensando que é alma.”

 

Já Dona Maria da Penha, 54 anos, cuidadora há 22 anos, não vive mais assombrada como vivia antes quando iniciou os cuidados no cemitério, mas no início até o balançar das folhas lhe causava terror.

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”Antigamente eu tinha medo, mas tenho mais medo dos vivos, muitas vezes já aconteceu de está aqui e chegar uma pessoa de pontinha de pé, quando me viro o coração, ah, Jesus que medo eu tive. Tem muitas pessoas que passam não dão bom dia, boa tarde e a gente já pensa que é pessoa mal. No começo, a gente sempre fica assustado com medo de ver alguma alma, olha para um canto, olha para outro, ver só as folhas balançando, ficava com medo até das folhas balançando, porque a gente olha de lado e não ver ninguém.”

Cada um revelou suas experiências sinistras no cemitério, e, em certo ponto, a reportagem chegou a hesitar se estava entrevistando vivos ou mortos.

”O povo diz que lá embaixo, num túmulo, de vez em quando aparece uma mulher de branco. Ela atravessa para lá e para cá. Três funcionários que trabalham aqui já viram ela, eu não tenho medo, só tinha medo quando eu era vivo”, disse um coveiro entrevistado pelo Farol, que não se identificou e continuou.

”Dona Dina tinha uma amiga que era uma raposa, andava mais ela aqui dentro a noite porque ela trabalha a noite, a raposa só acompanhava ela. Eu trabalho aqui e sou doido para ver ela [a Dama de Branco] para eu conhecer”, completou o coveiro Bita, se identificando. Ele trabalha no cemitério há mais de 30 anos.

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SUPERSTIÇÕES

Na sexta-feira 13, os supersticiosos evitam, muitas vezes até sair de casa, devido a acontecimentos ruins que ocorrem nesta data. Dentre as principais superstições desta data estão: descer da cama com o pé direito, quebrar espelho, não passar debaixo de escadas, não abrir guarda-chuva em lugares fechados, não olhar para gato preto, não servir refeições para 13 pessoas, bater na madeira três vezes, não servir refeições para 13 pessoas, não deixar o pente ou a escova cair, todas relacionadas ao azar, crenças estas que perpassam séculos.

Imagens desta “sexta-feira 13” do cemitério de Serra Talhada